Marcada para este domingo, 21, a manifestação convocada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Rio de Janeiro tem confirmadas as presenças do governador do Estado, Cláudio Castro (PL), do deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), pré-candidato prefeito do Rio, e de parlamentares que também estiveram no ato de fevereiro em São Paulo. É a segunda convocação para manifestações de rua desde que o ex-presidente foi alvo de uma operação, autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), na investigação sobre o suposto envolvimento dele e de aliados em tentativa de golpe de Estado.
Representantes do “núcleo duro” do bolsonarismo, como os deputados Nikolas Ferreira (PL-MG), Gustavo Gayer (PL-GO) e Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), estarão no palanque e devem discursar, assim como Gilson Machado Neto, ex-ministro do Turismo do governo Bolsonaro. A deputada Bia Kicis (PL-DF) informou que também deve comparecer ao evento.
Além do próprio ex-presidente, também são aguardadas declarações da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) e dos filhos dele, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e o vereador do Rio Carlos Bolsonaro (PL), recém filiado ao PL. O pastor Silas Malafaia também discursará no ato, assim como fez em São Paulo.
Além de Cláudio Castro, anfitrião do ato, Jorginho Mello (PL), de Santa Catarina, é outro governador que já confirmou presença. Diferentemente do chefe do Executivo do Rio, o catarinense esteve no ato em São Paulo. Na primeira manifestação, Castro alegou uma viagem a Portugal para justificar sua ausência.
Somente quatro dos 13 governadores eleitos com apoio de Bolsonaro estiveram na Paulista: Tarcísio de Freitas (Republicanos), de São Paulo, Ronaldo Caiado (União Brasil), de Goiás, e Romeu Zema (Novo), de Minas Gerais, além de Jorginho. Na ocasião, apenas Tarcísio discursou. Até o momento, o governador de São Paulo não informou se estará no Rio no domingo.
Zema não deve participar desta vez por conta do feriado de Tiradentes, no mesmo dia da manifestação. O Estado de Minas Gerais promove anualmente a solenidade da Medalha da Inconfidência, em que o governador condecora os homenageados com a maior honraria estadual. A assessoria do governador disse que ainda não há definição sobre a presença dele no ato de Bolsonaro. Segundo Malafaia, os governadores presentes serão convidados a discursar, mas o farão “se quiserem”.
Ramagem não deve falar. A presença dele é considerada uma oportunidade de aumentar a visibilidade para a pré-campanha ao lado de Bolsonaro, seu principal cabo eleitoral. Bolsonaristas avaliam que um discurso do pré-candidato à prefeitura do Rio no evento poderia ser enquadrado como propaganda eleitoral antecipada. Em São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), pré-candidato à reeleição apoiado por Bolsonaro, também não falou ao público.
Apesar da proximidade da data, alguns apoiadores ainda não têm certeza sobre a ida ao evento. A deputada federal e presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, Caroline de Toni (PL-SC), informou que a princípio vai ao Rio participar do ato, mas ainda não confirma a presença. O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), afirmou que, por enquanto, a ida não está prevista na sua agenda.
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Ausente na manifestação da Avenida Paulista em fevereiro por conta de um evento no Oriente Médio, o governador do Acre, Gladson Cameli (PP), confirmou que não vai ao novo ato convocado por Bolsonaro. Segundo a assessoria do governador, ele estará em trânsito no domingo para compromissos que terá em Brasília.
A senadora Tereza Cristina (PP-MS), que não esteve na Paulista, também não vai participar do evento no Rio. Segundo a assessoria, a parlamentar já tem compromisso familiar marcado na capital paulista e comunicou a ausência ao ex-presidente. Em fevereiro, ela não compareceu porque estava de licença médica.
A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) também deve desfalcar o ato. A parlamentar disse ao Estadão que rompeu o ligamento do tornozelo e, por isso, não vai ao Rio. No ato de São Paulo, diferentemente de outros parlamentares, Zambelli ficou no trio elétrico de apoio, não discursou nem teve destaque.
Investigado por uma tentativa de golpe de Estado, Bolsonaro fez o convite para a manifestação em suas redes sociais, afirmando que ele e os demais organizadores vão “levar informações sobre o nosso Estado Democrático de Direito” e falar “sobre a maior fake news da história do Brasil, que está resumida hoje na minuta de golpe” – documento para declarar estado de sítio no País e que, segundo as investigações, foi editado por Bolsonaro.
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