Pesquisa divulgada pelo Ipec nesta sexta-feira, 8, aponta que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi avaliado como “ótimo e bom” por 33% dos entrevistados, uma queda de cinco pontos percentuais desde o último levantamento (38%), publicado em dezembro passado.
Já a avaliação negativa (ruim ou péssimo) passou de 30% para 32%, dentro da margem de erro da pesquisa, que é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos sobre os resultados. Quem avalia o governo como regular aumentou para 33% – antes era 30%.
Os dois resultados positivos e negativos são recordes desde que a pesquisa começou a avaliar o governo, em março de 2023. A análise positiva era de 41% e a negativa, 24% – ou seja, a positiva nunca esteve tão baixa, e a negativa, tão alta.
Segundo o levantamento, a avaliação negativa do governo se destaca entre quem declara ter votado em Jair Bolsonaro (PL) na eleição de 2022, com 63%, e naqueles que têm renda mensal familiar superior a cinco salários mínimos, com 45%. Moradores do Sul (42%) e evangélicos (41%) também se destacam entre os que avaliam negativamente Lula.
Já a queda na avaliação positiva se concentrou entre quem tem renda familiar mensal de até um salário mínimo, grupo que recuou 12 pontos porcentuais; brasileiros que vivem na região Nordeste, com recuo de nove pontos porcentuais, e quem declara ter votado no presidente em 2022, com recuo de oito pontos porcentuais.
Sobre a gestão federal, 50% das pessoas entrevistadas afirmam que o governo do presidente está indo no caminho errado, enquanto 43% acreditam que a gestão está indo no caminho certo.
Questionados se acham que Lula terá mais dificuldade para conseguir apoio do Congresso em votações importantes neste segundo ano de governo, 59% acreditam que sim, enquanto 31% acham que ele terá mais facilidade do que no primeiro ano.
Foram realizadas 2.000 entrevistas em 130 municípios, entre os dias 1º e 5 de março. O nível de confiança é de 95%.
Outra pesquisa divulgada nesta quinta-feira, 7, do Atlas Intel, também registrou um recuo na avaliação positiva do trabalho de Lula no governo federal, de 52% para 47%, comparando a última pesquisa divulgada em janeiro pelo instituto.
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