O governo de Tarcísio de Freitas (Republicanos) é aprovado por 61% dos paulistas, aponta pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quinta-feira, 27. A avaliação positiva supera a negativa em áreas como economia, geração de empregos e educação. Nas áreas de saúde e segurança pública, porém, há mais menções negativas ao governador do que positivas.
A área de segurança pública registra o pior desempenho do governador: para 34%, a gestão de Tarcísio no tema é ruim, enquanto 29% aprovam a atuação do governo paulista no assunto e 37% consideram-na regular. Ainda assim, a avaliação negativa recuou em relação a dezembro de 2024, quando, em meio a uma crise da escalada da violência policial no Estado, o índice de avaliações negativas foi de 37%.

A Quaest ouviu 1.644 paulistas entre os dias 19 e 23 de fevereiro. A margem de erro é de dois pontos porcentuais e o índice de confiança é de 95%.
No último bimestre do ano passado, episódios de violência da Polícia Militar paulista ganharam repercussão nacional e deflagraram uma crise na imagem de Tarcísio de Freitas e de seu secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite. No dia 3 de novembro, um homem de 26 anos tentou furtar pacotes de sabão em um supermercado na zona sul de São Paulo e escorregou no momento da fuga. Um policial de folga que estava no caixa disparou 11 vezes contra o homem, que não apresentava resistência ou ameaça.
As imagens do circuito interno do estabelecimento vieram à tona em 2 de dezembro. No mesmo dia, durante a madrugada, um policial jogou um homem de uma ponte na região de Cidade Ademar, na zona sul da capital paulista. No caso, o homem também não apresentava ameaça ou resistência ao agente policial. Na ocasião, o governador prometeu que a repressão policial no Estado seria “rigorosamente punida”.
A polícia paulista matou 496 pessoas de janeiro a setembro de 2024. É o maior número para o período desde 2020, quando o índice chegou a 575. Em relação ao mesmo intervalo no ano passado, a alta é de 75%. A morte de policiais em serviço também está em alta: somente nos batalhões da cidade de São Paulo, foram 184 ocorrências de janeiro a dezembro de 2024, dobrando os 92 registros de 2023.