BRASÍLIA – Integrantes da bancada evangélica tentam emplacar um novo ministro no governo Jair Bolsonaro (PSL). Líderes do grupo levaram os nomes dos deputados Ronaldo Nogueira (PTB-RS), Marco Feliciano (PODE-SP) e Gilberto Nascimento (PSC-SP) à equipe de transição como sugestões para a pasta da Cidadania, cujo desenho ainda não está definido.
Evangélico, o senador Magno Malta (PT-ES), não reeleito, é visto como um bom nome, mas faria parte da "cota pessoal" de Bolsonaro, segundo integrantes da bancada. "Entendemos que ele (Malta) tem méritos próprios, fez por merecer. Se o presidente não escolher ele depois de tudo o que ele fez na campanha será ingratidão", disse um parlamentar ao Broadcast Político.
Ontem, após reunião com parlamentares da bancada evangélica, Bolsonaro voltou a dizer à imprensa que a sua negociação com o Congresso será feita através das bancadas, e não dos partidos. Sobre o ministério da Cidadania, Bolsonaro respondeu: "vai ter um ministério que vai envolver tudo isso aí: mulher, igualdade racial, está certo?".
Pastores e políticos que apoiaram a campanha de Bolsonaro também cobram agora do presidente eleito a nomeação de representantes no quadro ministerial. Nas redes sociais, o pastor Silas Malafaia, da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, já fez um vídeo para defender a nomeação de Magno Malta no governo.
A capacidade de reação dos evangélicos aliados a Bolsonaro ficou evidente quando a bancada religiosa conseguiu barrar a escolha de Mozart Ramos, diretor do Instituto Ayrton Senna, para o Ministério da Educação. No lugar, foi escolhido o filósofo colombiano Ricardo Vélez Rodríguez, que defende a pauta conservadora.
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