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Barroso nega crise entre Judiciário e Legislativo sobre emendas: ‘não há conflito, há divergência’

Declaração foi dada após STF formar maioria para interromper pagamento de emendas impositivas até que Congresso dê transparência aos envios

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Por Guilherme Naldis
Atualização:

Diante do julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF) que suspendeu o pagamento de emendas impositivas ao Congresso, o presidente da Corte, Luís Roberto Barroso, afirmou que não há crise entre os poderes, mas divergências. “Nós vamos sentar à mesa e discutir diferentes possibilidades de realizar esses valores constitucionais. Portanto, não há conflito, há divergência como é próprio da democracia e nós vamos administrá-la da maneira mais civilizada possível”, disse, nesta sexta-feira, 16.

O STF formou maioria para manter a suspensão dos repasses até que o Congresso dê transparência aos repasses. A votação foi aberta em plenário virtual, em sessão extraordinária que terá duração de 24 horas.

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) ministro Luís Roberto Barroso em solenidade na Corte com a presença do presidente da Câmara, Arthur Lira, e do presidente do Senado Rodrigo Pacheco.  Foto: Wilton Junior/Estadão

Os ministros André Mendonça, Alexandre de Moraes, Cristiano Zanin, Dias Toffoli, Edson Fachin, Cármen Lúcia, Luiz Fux e Gilmar Mendes já votaram para confirmar a liminar, formando um placar de 9 a 0, com votos que acompanham o do relator do processo, ministro Flávio Dino. Os magistrados registram os votos na plataforma online sem debate presencial ou por videoconferência.

“Agora nós vamos cuidar da harmonia, que é sentarmos juntos e tentarmos construir a solução constitucional possível para dar à questão do orçamento, a integridade, a transparência, a controlabilidade, a ênfase no interesse público, a ênfase na eficiência” afirmou o presidente do STF, em Porto Alegre, onde participa de eventos oficiais.

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