BBB da CPI: Briga, broche de faca, atriz Mia Khalifa e maconha animam web

O depoimento de Élcio Franco, que atuou como o número 2 do Ministério da Saúde durante a gestão Eduardo Pazuello, foi sonolento, mas bate-boca entre senadores e citações a maconha e a ex-atriz pornô mantiveram o interesse das redes

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Foto do author Adriana Ferraz

O clima esquentou e a audiência subiu antes mesmo de o depoente do dia, o coronel Élcio Franco, começar a defender as ações do governo Jair Bolsonaro, foco da CPI da Covid. Ainda durante o processo de aprovação de requerimentos, os senadores Otto Alencar (PSD-AM) e Marcos Rogério (DEM-RO) se colocaram em lados opostos em um bate-boca que quase chegou às vias de fato.

A batalha ainda ganhou o apoio do governista Luis Carlos Heinze (PP-RS), que, claro, se colocou ao lado de Rogério e engrossou o coro das ofensas assistidas ao vivo pelos milhares de internautas que não perdem um só capítulo da CPI. No cardápio, os xingamentos foram de “covarde” a “moleque”, passando por desonestos. Nas redes, o único lamento, no entanto, foi pelo áudio cortado, praxe já nesta comissão.

Nesta quarta, porém, a briga dos senadores teve de disputar espaço na web com um detalhe do figurino do coronel Élcio Franco, ex-secretário do Ministério da Saúde. Ao lado do símbolo do Sistema Único de Saúde (SUS), o ex-número 2 da pasta levava consigo um broche dos tempos do Exército que não combinou com o tema da CPI: saúde.

Mas nem o broche nem o bate-boca rendeu mais comentários que o termo usado pelo ex-secretário para definir a fase 3 dos estudos clínicos de vacinas. Segundo Élcio, essa "fase" é arriscada, pois pode virar um "cemitério de vacinas". A fala se deu às vésperas de o Brasl enterrar 500 mil pessoas por covid-19.

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Depois do cemiterio, veio a maconha e, de novo, uma citação à ex-atriz pornô Mia Khalifa. Em um debate rápido e de difícil compreensão, os senadores governistas passaram a acusar o Consórcio do Nordeste de comprar respiradores de uma empresa de maconha. Aí, já viu, as redes adoraram, mesmo sem entender quase nada.

E, por fim, como já virou costume na CPI, a ex-atriz pornô americana Mia Khalifa foi novamente citada. Mas, desta vez, não em função das falas do senador Heinze, que insiste em dizer que uma "atriz de filme adulto" era diretora da empresa que fez testes com a cloroquina e não recomendou o remédio para tratar covid-19. Nesta quarta, ela virou meme por decisão própria.

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