Biden expressa ‘apoio incondicional’ a Lula após ‘Capitólio brasileiro’ e acerta viagem

Presidentes do Brasil e dos EUA conversaram nesta segunda-feira e definiram visita do petista a Washington no início de fevereiro

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Foto do author Felipe Frazão
Atualização:

BRASÍLIA - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, conversaram por telefone nesta segunda-feira, dia 9, um dia depois dos ataques às sedes dos Três Poderes. Biden condenou a violência e manifestou “apoio incondicional” às instituições e ao resultado das eleições vencidas por Lula, segundo comunicado conjunto. Eles confirmaram uma visita de Estado do presidente brasileiro a Washington no início de fevereiro.

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O Palácio do Planalto e a embaixada norte-americana relataram que Biden “transmitiu o apoio incondicional dos Estados Unidos à democracia do Brasil e à vontade do povo brasileiro, expressa nas últimas eleições do Brasil, vencidas pelo presidente Lula”.

A nota oficial, com resumo da conversa, diz que Biden “condenou a violência e o ataque às instituições democráticas e à transferência pacífica do poder”.

Biden já havia publicado uma manifestação de rechaço ao que autoridades do governo Lula passaram a intitular de “Capitólio brasileiro”. O apelido aos atos golpistas em Brasília é uma referência à tentativa de partidários do ex-presidente norte-americano Donald Trump de impedirem, em 6 de janeiro de 2021, a posse do democrata Biden. Nos Estados Unidos, seguidores do trumpiso invadiram apenas o Congresso, mas o confronto deixou mortos.

“O presidente Biden convidou o presidente Lula a visitar Washington no início de fevereiro para consultas aprofundadas sobre uma ampla agenda comum, e o presidente Lula aceitou o convite”, informaram a Presidência da República e a Embaixada dos EUA.

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O comunicado diz que os líderes de Brasil e EUA comprometeram-se a trabalhar juntos em temas enfrentados por ambos os países, entre os quais “mudança do clima, desenvolvimento econômico, paz e segurança”. Lula também deseja tratar do enfrentamento a ameaças antidemocráticas e disseminação de notícias falsas e desinformação.

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