Bivar diz que pré-candidatos do MDB e do PSDB não têm aval de partidos e 3ª via não vingará

Deputado justifica desembarque do grupo e afirma que ‘não adianta ficar procrastinando’

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Por Pedro Venceslau
Atualização:

Pré-candidato do União Brasil à Presidência, o deputado Luciano Bivar disse nesta quinta-feira, 5, que os nomes do MDB e do PSDB na disputa “não têm a chancela das executivas” dos partidos. “Sentimos que a terceira via não ia resolver nada. Não adianta ficar procrastinando”, afirmou ele ao Estadão, um dia após confirmar a saída de sua legenda das discussões em torno de uma possível candidatura única em outubro.

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Como mostrou o Estadão, o Planalto ameaçou retirar os cargos apadrinhados por integrantes do partido se o União Brasil apoiasse a terceira via. “São decisões pessoais. O União Brasil não tem nenhum cargo no governo”, desconversou Bivar.

O partido comandado pelo deputado tem quase R$ 1 bilhão de recursos dos fundos eleitoral e partidário, além do maior tempo de TV na campanha.

Chapa com Moro

Em seu primeiro dia como pré-candidato “oficial” do União Brasil, Bivar disse está com a agenda “solta”, mas vai começar já a buscar um marqueteiro.

O dirigente afirmou ainda que a ideia é ter uma chapa “pura”, mas desconversa sobre a escolha do ex-juiz Sérgio Moro como vice ou mesmo a possibilidade de mudar o candidato presidencial na convenção do partido marcada para agosto. Bivar explicou que seu nome foi escolhido pela executiva da legenda, e só ela pode mudar a decisão.

O deputado afirmou ainda que não há “nenhuma” chance de ele ser vice de outro candidato. “Não vejo chance de vingar a terceira via.”

O deputado Luciano Bivar anunciou o desembarque do União Brasil da terceira via.  Foto: Dida Sampaio/Estadão - 11/12/2019

PSDB e MDB

Em uma tentativa de evitar o colapso da chamada terceira via na disputa presidencial e a judicialização das prévias tucanas, as cúpulas do PSDB e do MDB admitem um acordo para indicar o ex-governador João Doria como vice da senadora Simone Tebet (MS). Os dois partidos estabeleceram o dia 18 de maio como prazo final para anunciar o desfecho das negociações.

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Doria, porém, resiste a abrir mão da cabeça de chapa e aliados dizem que pretendem lançar uma chapa pura caso as conversas com outras forças políticas não prosperem.