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Após Lula indicar Zanin ao STF, Rosa diz que 'número de mulheres é ínfimo' na cúpula do Judiciário

Presidente do Supremo, que se aposenta em setembro aos 75 anos, lamentou reduzido quadro de magistradas em tribunais superiores, durante encontro com presidente da Finlândia nesta quinta, 1º

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Foto do author Pepita Ortega
A presidente do STF Rosa Weber e o presidente da Finlândia durante encontro nesta quinta-feira, 1º. Foto: STF/Reprodução

A ministra Rosa Weber, presidente do Supremo , lamentou o número 'ínfimo' de mulheres nos tribunais superiores e na própria Corte máxima nesta quinta, 1º, horas depois de o presidente Luiz Inácio Lula da Silva confirmar a indicação do advogado Cristiano Zanin Martins ao Tribunal. A declaração se deu durante o encontro da magistrada com o presidente da Finlândia Sauli Niinistö, durante o intervalo da sessão plenária do STF.

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A magistrada comentava sobre a participação das mulheres na base da magistratura, em primeira instância. Em seguida, ponderou: "O número decresce nos tribunais intermédiarios, de segundo grau. Mas na cúpula, nos órgãos de cúpula, no Supremo Tribunal Federal e nos tribunais superiores, o número de mulheres é ínfimo".

A ministra chegou a questionar o presidente finlandês sobre a participação de mulheres no Judiciário daquele País. Niinistö disse que, dos 18 integrantes da Corte Suprema do país, seis são mulheres. Segundo ele, o número de magistradas começou a crescer na Finlândia a partir de 1980.

Zanin foi indicado por Lula para ocupar a vaga aberta no Supremo Tribunal Federal com a aposentadoria do ministro Ricardo Lewandowski. O petista ainda vai fazer uma segunda indicação ao STF, também neste ano, justamente para a cadeira da ministra Rosa Weber. Ela se aposenta em setembro, quando completa 75 anos.

A pressão para a nomeação de uma mulher ao STF já havia crescido com a saída de Lewandowski da Corte, mas deve se intensificar até a aposentadoria de Rosa. A ministra é a terceira mulher a integrar o Tribunal e a eventual nomeação de um homem à sua cadeira deixaria a ministra Cármen Lúcia sozinha no Supremo.

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