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Pouco antes do ataque de radicais aos Poderes, chefe da Segurança no DF disse a Ibaneis que manifestação 'é suave, totalmente pacífica'

Secretário interino de Segurança do DF, delegado Fernando Oliveira, mandou áudio para o governador, agora afastado por 90 dias, comunicando suas impressões sobre a multidão de bolsonaristas no domingo em Brasília: 'Ameno'

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Por Redação
Grupos radicais invadem Congresso, Supremo e Planalto. Foto: ANDRÉ BORGES/ESTADÃO

Cerca de uma hora antes de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro invadirem e depredarem as sedes dos três Poderes em Brasília, o secretário de Segurança Pública interino do Distrito Federal, delegado Fernando Oliveira, enviou áudio ao governador Ibaneis Rocha - agora afastado do cargo por 90 dias - afirmando que o ato registrado na capital federal transcorria 'de forma ordeira e pacífica'.

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"Delegado Fernando falando. Governador, vou passar o último informe aqui do meio dia para o senhor. Tudo tranquilo. Os manifestantes estão descendo do SMU controlados, escoltados pela polícia. Tivemos uma negociação para descerem de forma pacífica, organizada, acompanhada. Toparam", disse o substituto do então titular da pasta, Anderson Torres, em áudio revelado pelo portal Metrópoles.

O delegado Fernando afirmou ainda que o clima em Brasília estava 'bem tranquilo e ameno', com 'movimentação suave e manifestação totalmente pacífica'. Em determinado trecho da gravação, ele diz que, segundo monitoramento da segurança pública do DF até aquele momento - meio dia deste domingo, 8 - não havia 'nenhum informe de questão de agressividade ligada a esse tipo de comportamento'.

Fernando Oliveira está a frente da SSP do Distrito Federal desde que o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública do governo Jair Bolsonaro viajou para os Estados Unidos. Torres está na mesma cidade que o ex-chefe do Executivo. Ele foi exonerado após serem registrados os atos de vandalismo em Brasília. Ainda chegou a ser alvo de um pedido de prisão em flagrante encaminhado pela Advocacia-Geral da União ao Supremo Tribunal Federal em razão de suposta 'omissão'.

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