O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) negou nesta quinta-feira, 21, ter participado de conversas golpistas e afirmou que vai adotar medidas judicias contra ‘manifestações caluniosas’.
A nota dos advogados do ex-presidente é um indicativo de que a estratégia de defesa deve mudar após a delação do tenente-coronel Mauro Cid. A colaboração premiada tem potencial explosivo contra Bolsonaro.
O recado é que o ex-presidente está preparado para desmentir anexos da delação que o impliquem, o que pode marcar o primeiro embate com seu antigo aliado e braço-direito.
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A defesa afirma que Bolsonaro ‘jamais tomou qualquer atitude que afrontasse os limites e garantias estabelecidas pela Constituição e, via de efeito, o Estado Democrático de Direito’.
“Durante todo o seu governo jamais compactuou com qualquer movimento ou projeto que não tivesse respaldo em lei, ou seja, sempre jogou dentro das quatro linhas da Constituição Federal”, diz a nota.
Em um dos anexos de sua delação, Mauro Cid narrou que Bolsonaro, enquanto ainda estava na Presidência, se reuniu com a cúpula das Forças Armadas para discutir a possibilidade de uma intervenção militar para anular o resultado da eleição de 2022.
Os advogados do ex-presidente afirmam ainda que não tiveram acesso ao conteúdo da delação, mantida em sigilo. O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), não liberou nem o depoimento prestado por Mauro Cid à Polícia Federal no caso das joias, antes da delação ser homologada.
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