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Boulos vai ao TSE contra Tarcísio por imputação ‘fake’ do PCC e cai nas mãos de Kassio

Ministro indicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro vai examinar denúncia de deputado federal, candidato à prefeitura de São Paulo, que atribui ao governador divulgação de " fato que sabia ser inverídico”; chefe do Executivo paulista afirmou que facção orientou eleitores a votarem no candidato de Lula

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Atualização:
O candidato a prefeitura de SP Guilherme Boulos vota com a Marta Suplicy no CEU Campo Limpo. Foto: Felipe Rau/Estadão

O deputado federal Guilherme Boulos apresentou ao Tribunal Superior Eleitoral uma notícia-crime contra o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) após o mandatário afirmar neste domingo, 27, que o PCC orientou votos no psolista. Uma hora após o fechamento das urnas, a defesa de Boulos pediu que a Polícia Federal investigue o caso ou então que a Procuradoria Geral Eleitoral ofereça imediatamente denúncia sobre o padrinho do prefeito eleito Ricardo Nunes (MDB).

O pedido caiu no gabinete do ministro Kassio Nunes Marques, primeiro indicado do ex-presidente Jair Bolsonaro ao Supremo Tribunal Federal. Boulos pede que a solicitação seja prontamente encaminhada para a PGE, para que ela possa “possa requerer a adoção das medidas que entender mais adequadas ao caso em tela”.

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O candidato de Lula à prefeitura de São Paulo já havia acionado o Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo atribuindo a Tarcísio suposto abuso de poder político. Agora, ele narra ao TSE que o governador pode ter cometido suposto crime de divulgação de fatos falsos durante campanha eleitoral. A solicitação foi autuada com o assunto principal de “divulgação de falsa imputação”.

Boulos diz que o governador “efetivamente divulgou fato que sabia ser inverídico em relação ao candidato, capaz de exercer influência perante o eleitorado, ainda mais pela autoridade que proferiu tais falas, o contexto de sua entrevista e o dia ser o fatídico dia do segundo turno”.

“O jogo político não é um vale tudo, o que está em discussão é um processo democrático de escolha dos mandatários do poder popular em um Estado de Direito, pelo que cabe ao Estado promover a devida responsabilização, inclusive penal, daqueles que atentem contra a lisura e a veracidade do processo eleitoral, combatendo atos odiosos e criminosos”, sustenta a campanha.

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