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Cabeça de babuíno, bile de urso, ratos empalados: veja o que o Ibama achou no aeroporto de Guarulhos

Agentes flagraram um passageiro nigeriano e um chinês em Cumbica com espécies sob proteção de convenção internacional e que põem em risco a saúde e a biodiversidade

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Foto do author Rubens Anater
Atualização:

A Unidade Técnica do Ibama do Aeroporto Internacional de Guarulhos apreendeu uma série de animais e materiais ilegais que representam risco tanto para a biodiversidade brasileira quanto para a saúde no País. Entre os itens, chamaram a atenção um conjunto com vários corpos de ratos empalados e uma cabeça de babuíno. Segundo informações do órgão a que o Estadão teve acesso nesta segunda-feira, 18, parte dos materiais apreendidos teria ‘alto potencial de introdução de doenças no Brasil pelo estado in natura e sem documentação de origem’.

Uma cabeça de babuíno — espécie protegida internacionalmente — foi uma das apreensões da Operação Hermes Foto: Unidade Técnica do Ibama

A ação ocorreu como parte da Operação Hermes, liderada pela Unidade Técnica do Ibama, e contou com uma força tarefa que reuniu ainda Receita Federal e o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA).

Cabeças de aves, uma cabeça de babuíno e vários ratos mortos e empalados foram apreendidos no Aeroporto Internacional de Guarulhos Foto: Unidade Técnica do Ibama

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A força tarefa encontrou também frascos com bile de urso, que, assim como o babuíno, é uma espécie protegida pela Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas de Fauna e Flora Selvagens (CITES). Havia ainda cabeças de aves diversas, que também são um risco pela possível introdução de zoonoses.

Segundo nota do Ibama, ‘um passageiro nigeriano e um chinês foram autuados pela tentativa de ingresso no Brasil com esses materiais sem parecer técnico oficial favorável ou licença da autoridade ambiental competente.’ Os materiais apreendidos foram encaminhados para destruição.

Cabeças de pássaros mortos apreendidas eram um risco pela possibilidade de transmissão de doenças Foto: Unidade técnica do Ibama

Já no terminal de cargas do aeroporto, a operação apreendeu mais de 11 mil peixes ornamentais de diferentes espécies, como Corydoras, Hyphessobrycon, Paracheirodon, Peckoltia, Symphysodon e Tucanoichthys. A nota do Ibama indica que eles seriam exportados para Taiwan, mas não tinham a documentação de origem necessária.

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Mais de 11 mil peixes ornamentais foram apreendidos no terminal de cargas do aeroporto; o destino era Taiwan. Foto: Unidade Técnica do Ibama

A equipe de fiscais da operação também interceptou pacotes com ‘15 kg de bexigas natatórias de espécies não identificadas, materiais de artesanato feitos com penas de aves silvestres, incluindo araras e papagaios, dentes de onça, jacaré e cateto, fragmentos de carapaças de quelônios, crânios de jacaré e aves de rapina, rabo de raia e corais’. Todos esses elementos estavam em remessas que seriam enviadas via Correios para Estados Unidos, França e Espanha.

Em remessas de Correio, a operação encontrou artesanato feito com penas de aves silvestres, dentes de onça, jacaré e cateto, fragmentos de carapaças de quelônios, crânios de jacaré e aves de rapina Foto: Unidade Técnica do Ibama

‘Todos os materiais foram apreendidos e os remetentes foram autuados pelo IBAMA por infringirem as leis ambientais brasileiras’, informa o documento, e acrescenta que a apreensão faz parte de um esforço ‘em proteger a biodiversidade e prevenir a introdução de espécies exóticas e materiais prejudiciais ao país’.

Uma das peças de artesanato feitas com ossos que a Operação Hermes apreendeu Foto: Unidade técnica do Ibama
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