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Opinião|Câmeras espiãs: gravação clandestina em hospedagens é crime!

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convidado
Por Raquel Gallinati

Recentemente, episódios de gravação clandestina em hospedagem têm gerado preocupação. Um exemplo ocorreu em Muro Alto, Porto de Galinhas, onde turistas descobriram uma câmera espiã oculta, levantando questionamentos sobre a violação da privacidade.

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Crime previsto no Artigo 216-B do Código Penal: gravar pessoas em momentos íntimos sem autorização é proibido!

Artigo 216-B, CP : produzir, fotografar, filmar ou registrar, por qualquer meio, conteúdo com cena de nudez ou ato sexual ou libidinoso de caráter íntimo e privado, sem autorização dos participantes, é crime passível de detenção de seis meses a um ano, além de multa.

O uso indevido dessas filmagens pode resultar em crimes mais graves.

Dicas de Identificação:

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  • Observe detalhadamente o ambiente em busca de objetos incomuns ou fora do lugar.
  • Verifique espelhos embutidos, pois câmeras podem ser camufladas neles.
  • Preste atenção na iluminação, pois câmeras podem necessitar de mais luz para operar.
  • Fique atento a sons incomuns, pois algumas câmeras emitem ruídos discretos.
  • Desligue as luzes e use a lanterna do celular para procurar reflexos suspeitos, já que as lentes das câmeras podem brilhar.
  • Examine tomadas, detectores de fumaça, TVs e outros equipamentos em busca de dispositivos incomuns.
  • Movimente objetos para verificar reações suspeitas, pois algumas câmeras são sensíveis a movimentos.
  • Inspecione cabos e fios procurando por conexões não usuais que possam indicar a presença de câmeras.
  • Utilize aplicativos que identificam sinais de transmissão de vídeo.
  • Analise a lista de redes Wi-Fi para identificar nomes suspeitos que possam indicar transmissões não autorizadas.

Lembre-se de que a privacidade é um direito fundamental, e se houver suspeitas da presença de uma câmera espiã, é relate imediatamente à administração do hotel e, à polícia. Combater essa violação da privacidade é essencial para garantir a segurança e tranquilidade de todos em estabelecimentos hoteleiros.

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Raquel Gallinati
Delegada de polícia. Diretora da Associação dos Delegados de Polícia do Brasil. Mestre em Filosofia. Pós-graduada em Ciências Penais, Direito de Polícia Judiciária e Processo Penal
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