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CNJ pede todas as provas em posse do STJ para investigar desembargadores de Mato Grosso do Sul

Conselho Nacional de Justiça aguarda compartilhamento do inquérito criminal para iniciar investigação na esfera administrativa

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Atualização:

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ), órgão que fiscaliza e administra o Poder Judiciário, pediu para ter acesso ao inquérito da Operação Último Ratio, que investiga suspeitas de venda de decisões judiciais no Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul.

O ministro Mauro Campbell Marques, corregedor do CNJ, solicitou ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) o compartilhamento de todas as provas do inquérito criminal.

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O material será usado para instaurar uma investigação na esfera administrativa que pode levar à aposentadoria compulsória dos desembargadores.

“Caso sejam identificados indícios de irregularidade, serão adotadas as medidas necessárias à preservação dos jurisdicionados do Mato Grosso do Sul”, informou o Conselho Nacional de Justiça.

Cinco desembargadores do Mato Grosso do Sul foram afastados por 180 dias. São eles: Vladimir Abreu da Silva, Alexandre Aguiar Bastos, Sideni Soncini Pimentel, Marcos José de Brito Rodrigues e Sérgio Fernandes Martins.

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A Polícia Federal acredita que eles tenham usado escritórios de advocacia ligados a familiares, sobretudo aos próprios filhos, para negociar a receber propinas.

Os alvos da Operação Última Ratio: desembargadores Sérgio Fernandes Martins, Sideni Soncini Pimentel, Alexandre Aguiar Bastos, Vladimir Abreu da Silva, Marcos José de Brito Rodrigues e o conselheiro do TCE-MS Osmar Domingues Jeronymo Foto: TRE-MS; Instituto Rui Barbosa; TJ-MS; OAB-MS


Em nota, o Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul informou que o Superior Tribunal de Justiça determinou “medidas direcionadas exclusivamente a alguns desembargadores, magistrado e servidores” e que elas foram “regularmente cumpridas, sem prejuízo a quaisquer dos serviços judiciais prestados à população e que não afetam de modo algum os demais membros e componentes da Justiça sul-mato-grossense”.

“Os investigados terão certamente todo o direito de defesa e os fatos ainda estão sob investigação, não havendo, por enquanto, qualquer juízo de culpa definitivo. O Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul seguirá desenvolvendo seu papel de prestação jurisdicional célere e eficaz, convencido de que aos desembargadores, magistrado e servidores referidos, será garantido o devido processo legal”, diz a manifestação da corte.

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