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CNJ também investiga Transparência Internacional no acordo bilionário da J&F

Apuração sigilosa tramita na Corregedoria Nacional de Justiça; ONG, que também é alvo de investigação no Supremo Tribunal Federal, diz ser vítima de ‘retaliação’

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Foto do author Rayssa Motta
Atualização:

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) também investiga a participação da Transparência Internacional no Brasil, ONG dedicada ao combate à corrupção, no acordo leniência da J&F. A apuração corre em sigilo na Corregedoria Nacional de Justiça.

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O CNJ é responsável pela administração e fiscalização do Poder Judiciário. Uma das atribuições do conselho é investigar administrativamente a conduta de magistrados.

Procurado pelo Estadão, o CNJ confirmou a existência da investigação, mas não explicou por que o procedimento foi aberto ou qual é a hipótese em apuração. “O trâmite de apuração corre sob segredo de Justiça e, por isso, não há mais informações a serem prestadas no momento.”

CNJ também investiga participação da Transparência Internacional no acordo de leniência da J&F. Foto: GABRIELA BILO / ESTADAO

A Transparência Internacional também é alvo de uma investigação no Supremo Tribunal Federal (STF). O ministro Dias Toffoli mandou investigar se a organização se apropriou indevidamente de recursos do acordo de leniência da J&F.

A ONG nega ter recebido valores do acordo, direta ou indiretamente. A informação também foi desmentida, em 2020, pela subprocuradora Samantha Dobrowolski, que coordenou a extinta comissão do Ministério Público Federal para assessoramento dos acordos de leniência e de colaboração premiada.

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A Transparência Internacional no Brasil ajudou a definir diretrizes para gastos da parcela da multa do acordo (R$ 2,3 bilhões) reservada a investimentos em projetos sociais. As recomendações vão desde princípios que deveriam guiar a escolha dos projetos, como transparência, diversidade e legitimidade social, até orientações práticas para a elaboração dos editais de fomento.

Em nota divulgada nesta terça, a cúpula da organização, sediada em Berlim, disse que a ONG é vítima de “retaliação” pelo trabalho de combate à corrupção.

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