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Corregedor abre ação disciplinar sobre desembargadores e juízes do Maranhão suspeitos de corrupção

Ministro Luís Felipe Salomão, do CNJ, pede ao Superior Tribunal de Justiça compartilhamento de documentos que indicam suposta ligação de magistrados que foram alvo de buscas nesta quarta-feira, 14, com esquema de manipulação de processos; Estadão pediu manifestação dos juízes

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Foto do author Rayssa Motta
Foto do author Fausto Macedo
Atualização:

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ), órgão que administra e fiscaliza o Poder Judiciário, abriu um procedimento administrativo para investigar a conduta dos desembargadores e juízes do Tribunal de Justiça do Maranhão que foram alvo de uma operação da Polícia Federal nesta quarta-feira, 14, por suspeita de corrupção.

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O ministro Luís Felipe Salomão, corregedor do CNJ, pediu que o Superior Tribunal de Justiça (STJ), onde tramita o inquérito criminal sobre os magistrados, compartilhe informações úteis para o processo disciplinar.

“O cenário exposto sugere a prática de falta funcional com repercussão disciplinar por parte dos magistrados envolvidos, o que exige a atuação desta Corregedoria Nacional de Justiça, com urgência, para a apuração dos fatos aqui narrados”, diz um trecho da decisão.

O Tribunal do Maranhão também foi notificado para informar, em até cinco dias, as providências tomadas sobre o caso.

Tribunal de Justiça do Maranhão informou que colabora com as investigações. Foto: Fotos: Ribamar Pinheiro/TJMA

A PF investiga quatro desembargadores. São eles: Luiz Gonzaga Almeida Filho, Marcelino Everton Chaves, Nelma Celeste Sousa Silva Sarney Costa e Antônio Pacheco Guerreiro Júnior. Os juízes Cristiano Simas de Sousa e Alice de Sousa Rocha e o ex-juiz Sidney Cardoso Ramos também são investigados.

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Todos estão afastados das funções. A reportagem busca contato com os magistrados. O espaço está aberto para manifestação.

A Polícia Federal afirma ter encontrado indícios da “manipulação de processos” em troca de propinas. Em apenas uma das ações, podem ter sido desviados R$ 14 milhões, valor correspondente a um alvará fraudulento que teria sido expedido. Os policiais federais fizeram buscas em endereços residenciais e nos gabinetes dos magistrados.

A desembargadora Nelma Sarney é cunhada do ex-presidente José Sarney e uma das investigadas pela PF. Foto: Divulgação/TJMA

A desembargadora Nelma Sarney Costa, que é cunhada do ex-presidente José Sarney, já estava afastada do tribunal. Ele foi acusada de usar o cargo para ajudar um ex-assessor, com quem trabalhou entre 1991 e 2014, a ser aprovado em um concurso de cartórios no Estado.

O desembargador Antônio Pacheco Guerreiro Júnior também estava afastado antes da operação. Ele é investigado por suspeita de envolvimento em irregularidades na obra do Fórum de Imperatriz.

COM A PALAVRA, O TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO MARANHÃO

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O Tribunal de Justiça do Maranhão comunica que tem colaborado com a “Operação 18 minutos”, realizada pela Polícia Federal, cumprindo determinação do Superior Tribunal de Justiça (STJ), na manhã desta quarta-feira (14/08), em algumas unidades do prédio sede do TJMA e do Fórum de São Luís.

Com fundamento nos princípios da transparência e da governança, o TJMA atende à determinação do STJ, que expediu mandados de busca e apreensão para a realização da operação pela PF.