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Corregedoria do MPF abre sindicância para investigar ofensiva de aliada de Aras na Lava Jato de Curitiba

Apuração tem origem em petição dos procuradores da força-tarefa que ficaram surpresos com o pedido por acesso a dados sigilosos da operação, feito pela subprocuradora-geral da República Lindôra Araújo, braço direito do procurador-geral; sindicância também vai investigar suposta compra do Guardião, máquina de grampos de telefone

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A subprocuradora-geral da República, Lindôra Araújo. Foto: Gil Ferreira / Agência CNJ

A corregedora-geral do Ministério Público Federal (MPF), Elizeta Maria de Paiva Ramos, determinou nesta segunda-feira, 29, a instauração de sindicância para apurar 'diligência' da subprocuradora-feral da República, Lindôra Araújo, no QG da Operação Lava Jato em Curitiba.

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A decisão atende a pedido de integrantes da força-tarefa, que acionaram a corregedoria depois que Lindôra, nome de confiança do procurador-geral da República, esteve em Curitiba para acessar 'banco de dados' das investigações do escândalo Petrobrás, que originou a Lava Jato, em 2014. Eles acusam a PGR de tentar obter informações e dados da operação 'sem prestar informações sobre a existência de um procedimento instaurado, formalização ou escopo definido'.

De acordo com a decisão, a apuração sigilosa será feita tanto pela 'ótica do fundamento e formalidades legais da diligência quanto da sua forma de execução'. Segundo o MPF, a sindicância também servirá para que seja esclarecida a existência de equipamentos utilizados para gravação de chamadas telefônicas recebidas por integrantes da equipe da força-tarefa, incluindo membros e servidores. Nesse caso, o objetivo é apurar a regularidade de sua utilização, bem como os 'cuidados e cautela necessários para o manuseio' do equipamento pelos responsáveis.

A visita de Lindôra, na semana passada, provocou uma crise interna que culminou na debandada de três membros do grupo de trabalho da Lava Jato na PGR. O grupo era responsável pela condução de inquéritos envolvendo políticos com foro privilegiado no Supremo, além de atuar em habeas corpus movidos na Corte em favor dos investigados e a negociação de delações premiadas.

A viagem da subprocuradora foi feita após Aras despachar ofícios aos procuradores cobrando informações sigilosas da operação, como mídias obtidas em quebras de sigilo e relatórios financeiros.

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