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CPI dos Atos Antidemocráticos pede ao Supremo que Anderson Torres seja liberado para interrogatório presencial na Câmara do DF

Ex-secretário de Segurança do Distrito Federal está preso preventivamente na investigação sobre os protestos golpistas na Praça dos Três Poderes; ministro Alexandre de Moraes dá 48 horas para defesa se manifestar

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Foto do author Rayssa Motta
Anderson Torres está preso preventivamente na investigação sobre os atos golpistas do dia 8 de janeiro. Foto: Isaac Amorim/MJSP

O deputado distrital Chico Vigilante (PT), presidente da CPI dos Atos Antidemocráticos na Câmara do Distrito Federal, pediu nesta terça-feira, 28, para ouvir o ex-secretário de Segurança Pública do DF, Anderson Torres, sobre os protestos golpistas do dia 8 de janeiro.

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Torres está preso preventivamente por suspeita de conivência com a ação violenta dos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na Praça dos Três Poderes.

O deputado pede ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que o ex-secretário seja conduzido do 4º Batalhão de Polícia Militar, no Guará, para prestar depoimento presencialmente na Câmara do DF. Moraes deu 48 horas para a defesa de Anderson Torres se manifestar.

A comissão parlamentar pretende ouvir o ex-secretário no próximo dia 9. "Solicito à Vossa Excelência que o custodiado abaixo qualificado seja liberado para ser conduzido à esta Câmara Legislativa do Distrito Federal - CLDF, no dia 09/03/2023, para realização de oitiva e diligências diversas em relação à CPI dos Atos Antidemocráticos", escreve o petista.

A defesa do ex-secretário já pediu a revogação de sua prisão preventiva, mas Moraes ainda não tomou uma decisão. Ontem, a Procuradoria-Geral da República (PGR) defendeu que ele continue preso. O órgão afirma que, se Torres for solto, pode colocar a investigação em risco.

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No parecer, a PGR se manifestou pela primeira vez sobre a minuta golpista para o então presidente Jair Bolsonaro (PL) intervir no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e anular o resultado da eleição. O documento foi apreendido pela Polícia Federal na casa de Anderson Torres, que era ministro da Justiça de Bolsonaro antes de reassumir a Secretaria de Segurança do DF. A Procuradoria afirmou que o rascunho estava em uma pasta do governo federal e, ao contrário do que Torres afirma, não seria descartada.

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