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Crescimento e tecnologia são os legados da pandemia para o e-commerce

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Por Carlos Figueiredo
Atualização:
Carlos Figueiredo. FOTO: DIVULGAÇÃO Foto: Estadão

A pandemia do novo coronavírus foi um grande divisor de águas para o e-commerce brasileiro. A obrigatoriedade do confinamento e o cerramento das lojas fez, por necessidade, que o comércio eletrônico se desenvolvesse, acelerando um processo de digitalização do varejo e do consumo.

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O que se seguiu foram investimentos em tecnologia para ter melhores plataformas e gestão, vimos o crescimento dos marketplaces, possibilitando que pequenas empresas entrassem no digital, além de um número crescente de novos usuários. Tudo isso lançou um desafio para o setor logístico, que precisou se adaptar rapidamente à nova demanda de prazos, cada dia mais curtos, e um volume de processamento maior.

Uma pesquisa de agosto da ABComm indicou crescimento de 67,5%, no número de transações, comparado com os oito primeiros meses de 2019, chegando a marca de 105,6 bilhões e um faturamento de R$41,92 bilhões. O número de novos usuários também cresceu. Em um levantamento da Ebit/Nielsen, 7,3 milhões de consumidores fizeram a primeira compra online no primeiro semestre 2020.

É certo que a pandemia ainda está em curso, mas já podemos falar de um legado no e-commerce brasileiro. Do lado da oferta, a tecnologia, a facilidade de acesso e os investimentos, em um primeiro momento por necessidade e não escolha, culminaram em um bom desenvolvimento do segmento para os varejistas. Já do lado da demanda, os novos usuários e aqueles que não tinham uma grande recorrência de compra, passaram a ter e tendem a ser tornar cativos.

Todo esse processo também faz aumentar a participação de setores que antes exploravam pouco o e-commerce, como é o caso de supermercados e farmácias, por exemplo.

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Claro que as variáveis macroeconômicas influenciaram e ainda vão influenciar o cenário, seja pelo auxílio emergencial, que garantia maior poder de compra para a população, ou pelos gastos menores com serviços, como viagens e entretenimento, que fizeram sobrar mais renda para os bens de consumo ou para investimentos. Mas independente disso, o setor já está em outro patamar e o caminho é ascendente.

Como não poderia ser diferente, a logística tem um papel fundamental na economia, prova disso são os grandes varejistas como Magazine Luiza investindo no setor. Garantir a boa entrega, no prazo, com segurança e bom atendimento é fundamental para a boa experiência de compra e, justamente por isso, a logística também se reinventou. Processos cada vez mais automatizados e grandes investimentos em tecnologia se tornaram essenciais nos últimos meses.

Para fechar o bom ano de 2020 para o e-commerce vem a Black Friday com a expectativa de que ela seja o dobro da de 2019. Eventos menores dos varejistas nos últimos meses ajudam a balizar o que será o dia 27 de novembro. A Amazon afirma que no Prime Day, que foi realizada no meio de outubro, vendeu mais que na Black Friday do ano passado. O certo é que já passamos por grandes mudanças e encontramos o futuro do e-commerce muito antes do planejado. A todos dessa cadeia, cabe agora continuar aprimorando os níveis de serviço para garantir uma consolidação do setor.

*Carlos Figueiredo é diretor-presidente da OnTime Log

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