Os depoimentos do ex-ministro de Minas e Energia Bento Albuquerque e do seu ex-assessor Marcos Soeiro, que estavam previstos para esta quinta-feira, 9, foram adiados a pedido das defesas.
Eles seriam ouvidos na investigação da Polícia Federal (PF) sobre as joias de R$ 16,5 milhões que tentaram trazer ao Brasil em outubro do ano passado, sem informar a Receita Federal.
O interrogatório do ex-assessor foi remarcado para amanhã. Já o ex-ministro deve ser ouvido na próxima terça-feira, 14, na condição de testemunha.
A investigação foi aberta por determinação do Ministério da Justiça e é conduzida em sigilo pelo delegado Adalto Ismael Rodrigues Machado, da Delegacia de Repressão a Crimes Fazendários da superintendência da Polícia Federal em São Paulo.
O inquérito têm 30 dias para ser concluído, mas o prazo pode ser prorrogado se houver necessidade.
As joias foram apreendidas pela Receita Federal em outubro de 2021, quando o então assessor do Ministério das Minas e Energia tentou passar pela alfândega do aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, sem declarar as peças. O conjunto com colar, brincos, relógio e anel da marca suíça Chopard.
O ex-ministro admitiu que sua comitiva trouxe o que seria 'presente' do regime da Arábia Saudita para a então primeira-dama Michelle Bolsonaro, mas alegou que ninguém sabia o que tinha dentro dos pacotes, porque eles estavam fechados (ouça o áudio).
O governo Bolsonaro escalou três ministérios (Relações Exteriores, Minas e Energia e Economia) para tentar recuperar as joias, que seguem retidas pela Receita Federal.
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