Desembargadores e juízes do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJ-SC) participaram de um jantar promovido pelo empresário Luciano Hang, dono da rede de lojas Havan, na segunda-ferira, 16, em Brusque, a cerca de 100 quilômetros de Florianópolis.
Procurados, os magistrados não quiserem comentar a ida ao evento. Em nota, o Tribunal de Santa Catarina informou que não se manifesta sobre a participação de magistrados em eventos fora do âmbito institucional. “O princípio da independência funcional garante aos magistrados a autonomia e a imparcialidade necessárias ao exercício de suas funções”, diz a Corte.
O jantar ocorreu em um prédio histórico que foi comprado e restaurado por Luciano Hang. A assessoria do empresário afirma que os magistrados foram visitar a construção, que “faz parte da história da cidade de Brusque e do Estado de Santa Catarina”.
Estiveram no jantar os desembargadores André Carvalho, Ernani Guetten de Almeida, Gilberto Gomes de Oliveira, Haidée Denise Grin, Jairo Fernandes Gonçalves, José Everaldo Silva, Saul Steil e Stephan Klaus Radloff,, além dos juízes Sérgio Agenor de Aragão e Leandro Passig Mendes.
Pelo menos quatro desembargadores - Saul Steil, Haidée Denise Grin, André Carvalho e Jairo Fernandes Gonçalves - são relatores de processos em que Luciano Hang é parte ou compõem os colegiados onde as ações serão julgadas.
COM A PALAVRA, O TRIBUNAL DE SANTA CATARINA
“O Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC) não se manifesta sobre a participação de magistrados em eventos fora do âmbito institucional. O princípio da independência funcional garante aos magistrados a autonomia e a imparcialidade necessárias ao exercício de suas funções, em conformidade com a Constituição Federal e a legislação vigente. Por fim, o TJSC reafirma seu compromisso com a transparência, a integridade e a imparcialidade na condução dos processos judiciais, valores essenciais para a sociedade.”
COM A PALAVRA, LUCIANO HANG
“Foi uma visita à restauração da Casa Renaux, uma referência histórica, construída há 115 anos, que estava destruída e faz parte da história da cidade de Brusque e do estado de Santa Catarina”.
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