Três detentos assumiram a autoria dos assassinatos de Janeferson Aparecido Mariano Gomes, o Nefo, e Reginaldo Oliveira de Souza, o Rê, mortos a facadas nesta segunda-feira, 17, na Penitenciária Maurício Henrique Guimarães Pereira, a P2, em Presidente Venceslau (SP). Eles se entregaram à direção do presídio. Um quarto preso é investigado pela Polícia Civil por suspeita de envolvimento no ataque.
Os supostos assassinos foram isolados e devem responder por mais esses crimes. Segundo a Secretaria da Administração Penitenciária, uma investigação foi aberta para esclarecer as circunstâncias das mortes. Peritos estão no local analisando a cena do crime e em busca de material genético.
Nefo e Rê foram presos por suspeita de envolvimento no plano de atentado contra o senador Sérgio Moro (União-PR), ex-ministro da Justiça, o promotor Lincoln Gakiya, que há vinte anos investiga o Primeiro Comando da Capital (PCC), e outros agentes públicos. Eles eram réus na Operação Sequaz.
Uma fonte a par do caso informou que os assassinatos aconteceram depois ao almoço, durante o banho de sol. Nefo foi morto primeiro, no banheiro do presídio. Em seguida, Rê foi assassinado no pátio da penitenciária.
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Como antecipou o repórter Marcelo Godoy, que revelou os assassinatos, os investigadores estão convictos de que as mortes foram encomendadas pelo comando do PCC. A motivação ainda será investigada. Desponta a hipótese de um “acerto de contas” pelo fracasso do plano de resgate de Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, e dos atentados contra autoridades.
Nefo e Rê faziam parte da célula autodenominada “Sintonia Restrita”, que funciona como um centro de inteligência da facção.
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