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Eleição online impulsiona comparecimento e seccionais da OAB registram votações históricas

Pela primeira vez, maioria das seccionais da Ordem dos Advogados do Brasil adotou sistema remoto para escolha de seus presidentes

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Foto do author Rayssa Motta

O sistema online de votação impulsionou o comparecimento nas eleições da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em 2024. Pela primeira vez, a votação foi totalmente virtual na maioria das seccionais, que registraram recorde de participação.

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O modelo foi adotado em 15 dos 27 Estados - Alagoas, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Minas Gerais, Rio Grande do Norte, Paraná, Pernambuco, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Sergipe, Rondônia e São Paulo.

Na última eleição interna, em 2021, apenas cinco seccionais adotaram o sistema virtual de votação, em uma espécie de projeto piloto chancelado pelo Conselho Federal da OAB. Na época, o modelo foi impulsionado como solução para as restrições de contato no auge da pandemia de covid-19.

As seccionais vêm migrando para o novo modelo como estratégia para reduzir custos. As despesas de logística caem praticamente a zero. Neste ano, embora a votação tinha sido remota em 15 Estados, foram mantidos pontos de apoio presenciais para advogados que tiveram dificuldade de votar pela internet.

Leonardo Sica foi eleito presidente da OAB de São Paulo com a maior votação já registrada na seccional. Foto: Joel Silva/ Estadão Blue Studio

Outro atrativo é evitar filas e poupar advogados do interior de se deslocarem até as subseções mais próximas para votar. O voto é obrigatório para advogados com menos de 70 anos, sob pena de multa na anuidade.

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Em São Paulo, a maior seccional do País, o criminalista Leonardo Sica, candidato de situação, venceu as eleições para presidente com 116.858 votos, o equivalente a 52,48% dos votos válidos, a maior votação registrada nas eleições internas e no País.

Em termos percentuais, o melhor desempenho foi o do advogado Rafael Lara, reeleito para presidir a OAB de Goiás com 80,31% dos votos (17.397), o maior percentual registrado nas eleições da seccional. Em 2024, 22.790 advogados votaram em Goiás, um aumento de mais de 20% em relação a 2021, quando 18.966 inscritos foram às urnas.

Também houve recorde de participação no Rio Grande do Sul. O Estado já havia adotado a votação online de 2021. Neste ano, 52.857 advogados e advogadas votaram. O advogado Leonardo Lamachia foi reeleito para o próximo triênio.

Rafael Lara Martins, reeleito presidente da OAB de Goiás com maior percentual entre as seccionais. Foto: Divulgação/OAB-GO

Veja o desempenho dos presidentes eleitos para comandar as seccionais da OAB em 2024:

  1. Goiás: Rafael Lara - 80,31% (17.397 votos);
  2. Rio Grande do Sul: Leonardo Lamachia - 77% (38.070 votos);
  3. Ceará: Christiane Leitão - 72,02% (11.382 votos);
  4. Maranhão: Kaio Saraiva - 71,66% (8.763 votos);
  5. Alagoas: Vagner Paes - 69,15% (5.956 votos);
  6. Amazonas: Jean Cleuter - 66,72% (3.228 votos);
  7. Santa Catarina: Juliano Mandelli - 63,39% (18.550 votos);
  8. Minas Gerais: Gustavo Chalfun - 61,15% (37.755 votos);
  9. Mato Grosso do Sul: Bitto Pereira - 59,6% (5.041 votos);
  10. Amapá: Israel Gonçalves - 57,53% (1.311 votos);
  11. Acre: Rodrigo Aiache - 57,09% (1.011 votos);
  12. Tocantins: Gedeon Pitaluga Júnior - 56,85% (2.466 votos);
  13. Sergipe: Danniel Costa - 54,82% (4.140 votos);
  14. Bahia: Daniela Borges - 54% (12.517 votos);
  15. Roraima: Ednaldo Vidal - 53,5% (778 votos);
  16. Pará: Sávio Barreto - 53,4% (4.668 votos);
  17. Rondônia: Marcio Melo - 55,33% (3.716 votos);
  18. Rio de Janeiro: Ana Tereza Basilio - 52,99% (31.810 votos);
  19. São Paulo: Leonardo Sica - 52,48% (116.858 votos);
  20. Piauí: Raimundo Júnior - 51,81% (4.542 votos);
  21. Espírito Santo: Érica Neves- 51,16% (8.790 votos);
  22. Rio Grande do Norte: Carlos Kelsen - 50,62% (3.558 votos);
  23. Paraíba: Harrison Targino - 50,32% (4.704 votos);
  24. Pernambuco: Ingrid Zanella - 49,91% (11.441 votos);
  25. Paraná: Luiz Fernando - 48,33% (26.748 votos);
  26. Distrito Federal: Paulo Maurício Braz Siqueira - 41,37% (11.610 votos);
  27. Mato Grosso: Gisela Cardoso - 36,30% (4.813 votos).
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