Na primeira hora do primeiro turno das eleições 2024, a Polícia Federal já conduziu neste domingo, 6, 161 investigados por supostos crimes eleitorais, em especial compra de votos e propaganda irregular eleitoral. Foram abertos 58 inquéritos, lavrados 113 termos circunstanciados e registrados 74 flagrantes.
A corporação também apreendeu R$960.096,00, sendo R$300.935 em espécie. Com o montante, o total de bens e valores apreendidos pela PF em 2024 chegou a R$ 49,5 milhões, sendo R$ 21,4 milhões em espécie.
Já o Ministério da Justiça, que coordena a atuação das forças de segurança em todo o País, informou que já foram registrados crimes de boca de urna (105) propaganda eleitoral irregular (58) e compra de votos (79). Também houve casos de crimes comuns contra candidatos - ameaças (8), calúnia (10), injúria (9) e até tentativa de homicídio (3), uma delas registrada no local de votação.
Ainda foram registrados episódios de pessoas que tentaram violar o sigilo do voto (14), tirando fotos da urna por exemplo, e casos de lesão corporal nos locais de votação (9).
Também foram realizadas 87 prisões neste domingo, 6, 77 de eleitores e 10 de candidatos. Ainda foram registrados crimes de uso de violência ou grave ameaça para obter voto ou abstenção (2), transporte ilegal de eleitores (2).
A PF colocou nas ruas mais de seis mil agentes que buscam coibir compra de votos, aliciamento de eleitores e outros crimes eleitorais. A corporação também usa drones para monitorar áreas críticas de cometimento de crimes de boca de urna e compra de votos.
Às vésperas do pleito, PF manifestou preocupação com o “aumento da difusão de fake news e desinformação sobre o processo eleitoral, o uso indevido de inteligência artificial e deepfakes em propagandas, a violência política, especialmente a violência de gênero, e a participação do crime organizado no apoio a candidatos”.
Segundo o Ministério da Justiça e Segurança Pública, o eletivo total de policiais civis e militares empregado na Operação Eleições 2024 é de 61,2 mil agentes.
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