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PGR apontou risco de fuga e pediu quebra de sigilo bancário, fiscal e de comunicações de ex-chefe de operações da PM do DF 

Medida foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes; coronel Jorge Eduardo Naime Barreto foi preso preventivamente nesta terça-feira, 7, na quinta fase da Operação Lesa Pátria

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Radicais invadiram sedes do Supremo, Planalto e Congresso. Foto: Wilton Júnior/Estadão

Além de pedir a prisão do coronel da Polícia Militar do Distrito Federal (PM-DF) Jorge Eduardo Naime Barreto, por suspeita de omissão com os bolsonaristas radiciais que vandalizaram a Praça dos Três Poderes, a Procuradoria-Geral da República (PGR) também defendeu a quebra dos seus sigilos bancário, fiscal, telefônico e de mensagem.

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A medida foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), relator das investigações sobre os atos golpistas, e também alcança o major Flávio Silvestre de Alencar, o capitão Josiel Pereira Cesar e o tenente Rafael Pereira Martins.

Os quatro oficiais foram presos preventivamente na manhã desta terça-feira, 7, na quinta fase da Operação Lesa Pátria. Barreto era chefe do Departamento Operacional (DOP) da Polícia Militar, setor responsável pelo planejamento da operação de segurança do dia 8 de janeiro. Ele foi exonerado durante a intervenção federal na segurança pública do DF.

A PGR também pediu a quebra dos sigilos do tenente Paulo José Ferreira de Sousa Bezerra, que estava à frente do DOP naquele dia 8, cobrindo a folga de Barreto.

Jorge Eduardo Naime Barreto foi preso preventivamente no dia 7 de fevereiro na Operação Lesa Pátria. Foto: Divulgação/PM-DF

Falta de planejamento, atraso e risco de fuga

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Ao pedir a prisão preventiva do coronel, a PGR lança suspeitas de que ele retardou intencionalmente a reação das tropas ao avanço dos golpistas, permitindo a invasão dos prédios do STF, do Congresso Nacional e do Planalto. O órgão também afirma que, embora tenha recebido alertas de inteligência, o oficial não fez um planejamento adequado para garantir a segurança na Praça dos Três Poderes naquele dia 8 de janeiro.

"Há elementos que fortalecem a hipótese de que as obrigações de polícia ostensiva e preservação da ordem pública, impostas pela Constituição Federal, foram descumpridas", diz um trecho da representação enviada pelo subprocurador-geral da República Carlos Frederico Santos ao Supremo. Na avaliação da PGR, o coronel 'descumpriu o dever de agir'.

A Procuradoria também disse ver 'concreta possibilidade de fuga' e de ocultação de provas. O plano veio a público depois que a ex-mulher do coronel, Tatiana Lima Beust, registrou boletim de ocorrência por agressão. Ela relatou ter sido agredida com uma barra de ferro pela atual mulher do coronel ao tentar impedir que ele viajasse com os filhos para a Bahia. A motivação seria evitar uma prisão iminente.

"Existe um inegável 'perigo gerado pelo estado de liberdade do investigado, que intenciona fugir, se já não fugiu'. Também não é de se descartar a efetiva hipótese de ameaças contra a ex-esposa, os filhos e pessoas próximas de Jorge Eduardo Naime Barreto, caso detalhem sua conduta no ocorrido. Por todos esses fatores, faz-se necessária a decretação de sua prisão preventiva", defendeu a PGR.

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