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Gilmar manda de volta para a prisão mãe do menino Henry Borel

Ministro derruba decisão do STJ que, em agosto de 2022, revogou custódia preventiva de Monique Medeiros, acusada de envolvimento, com o companheiro Doutor Jairinho, na morte do menino de quatro anos no Rio

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Foto do author Rubens Anater
O menino Henry Borel foi assassinado aos 4 anos, em março de 2021; o padrasto e a mãe respondem pelo crime na Justiça Foto: Reprodução/Instagram

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta quarta-feira, 5, que Monique Medeiros deve voltar à prisão. Acusada de participação na morte do filho, Henry Borel Medeiros, de quatro anos, Monique, que chegou a ser presa, respondia em liberdade desde agosto de 2022, quando teve sua prisão preventiva revogada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).

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Monique é acusada de ter participado na morte de seu filho em março de 2021, junto ao ex-companheiro e padrasto da criança, Jairo dos Santos Souza Júnior, o vereador Doutor Jairinho, que está preso. Ambos serão levados a júri popular em data ainda não marcada.

A decisão do ministro Gilmar Mendes atende a um recurso de Leniel Borel, pai de Henry e separado de Monique desde 2020. Ele questionou a revogação do decreto de prisão preventiva da ex. Em sua argumentação, o ministro aceitou que é ‘prematuro formar qualquer juízo de valor’ sobre a autoria do crime, mas declarou que o ‘Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) teve o cuidado de apontar, nos autos, elementos concretos que apontam para a gravidade, em tese, das circunstâncias e da forma de cometimento do delito’.

Sobre a decisão do STJ, afirmou que ela ‘não apenas se divorcia da realidade dos autos, como também afronta jurisprudência pacífica deste Tribunal’. Dessa forma, revogou a decisão do STJ e retomou o entendimento do TJRJ que decidia pela prisão preventiva de Monique.

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Monique Medeiros, mãe do menino Henry, foi presa em abril de 2021 por suspeita de envolvimento na morte da criança. Foto: Reprodução / TV GLOBO

O ministro criticou ainda que “nada justifica que um delito dessa natureza permaneça, até hoje, sem solução definitiva” e pediu a “observância do direito dos acusados a um julgamento célere e justo”.

COM A PALAVRA, A DEFESA DE MONIQUE

A reportagem do Estadão busca contato com a defesa de Monique Medeiros. O espaço está aberto para sua manifestação (rubens.anater@estadao.com).

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