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Opinião|Importância do Dia do Soldado

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convidado
Por Umberto Luiz Borges D'Urso*
Desfile Cívico no Dia da Pátria Foto: Alan Santos

Canção do Soldado

Umberto Luiz Borges D´Urso

“Nós somos da Pátria a Guarda

Fiéis soldados

Por ela, amados

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Nas cores da nossa farda

Rebrilha a glória

Fulge a vitória


Em nosso valor se encerra

Toda a esperança

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Que um povo alcança

No peito em que ela impera

Rebrilha a glória

Fulge a vitória

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de Carneirirnho”

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Corria o século 19, quando o presidente do Paraguai, Solano López, decidiu que deveria ampliar o território de seu país, anexando regiões do Brasil (Rio Grande do Sul e Mato Grosso), da Argentina e do Uruguai para conseguir acesso ao Oceano Atlântico.

Após aprisionar um navio brasileiro em 1864 e invadir o Mato Grosso e o Norte da Argentina em 1865, os dois países atingidos mais o Uruguai formaram a Tríplice Aliança e a guerra estava declarada.

Apesar de o Paraguai ser, a época, mais poderoso em armamentos e também superior economicamente aos três opositores, esses últimos tinham um aliado de peso, a Inglaterra, que forneceu dinheiro para equipar os exércitos dos três países.

No entanto, mesmo com a ajuda britânica, a Tríplice Aliança sofreu derrotas até que, em 1867, Luís Alves de Lima e Silva, o então Marquês de Caxias, assumiu o comando dos exércitos e venceu importantes batalhas como as de Itororó, Avaí, e Lomas Valentinas, conhecidas como dezembradas, por terem ocorrido no em dezembro de 1868. Finalmente, a capital o Paraguai, Assunção, foi ocupada em 5 de janeiro de 1869.

Entretanto, a Guerra do Paraguai não foi a primeira atuação de Caxias. Em 1798, atuou contra a Conjuração Baiana à frente das tropas do imperador Pedro I. Por sua bravura, Caxias recebeu a insígnia de Cavaleiro da Imperial Ordem do Cruzeiro e também o título de Veterano da Independência.

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Em 1835, teve início a revolta Farroupilha, que buscava a independência do Rio Grande do Sul. Apesar de o império ter o controle sobre a população, Caxias foi nomeado por D. Pedro II presidente da província do Rio Grande do Sul e Comandante das Armas do território ocupado e assim capacitado para retomar o controle do território ainda em posse dos revoltosos. Após dois anos, saiu vitorioso.

Caxias também comandou as tropas imperiais na Revolta Liberal de Minas Gerais, em 1842, quando os rebeldes a aclamaram o coronel José Feliciano, depois elevado à Barão de Cocais, como presidente de Minas Gerais. Mais uma vez, Caxias venceu e, com apenas 39 anos, foi promovido ao posto de Marechal de Campo Graduado.

Além de vencedor, o militar também era conhecido por sua maneira pacificadora de tratar os “inimigos”. Em alguns casos, chegou a nomear oponentes em cargos de comando em seu exército.

Caxias foi Ministro da Guerra por três vezes consecutivas durante o reinado de D. Pedro II.

Por seus feitos, Duque de Caxias é o patrono do exército brasileiro e o Dia do Soldado é comemorado na data de seu nascimento, 25 de agosto.

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Soldados são pessoas que se alistam para prestar serviços na defesa do país, no Exército, Marinha ou Aeronáutica, além das corporações ligadas ao Estado, como o corpo de bombeiros, polícia militar, rodoviária, entre outros. As especializações ou áreas de trabalho dos soldados estão divididas em infantaria, artilharia, cavalaria, engenharia, logística e serviços, e étnicos.

Seja na Marinha, no Exército ou na Força Aérea Brasileira, o soldado é o componente de maior volume nas unidades militares e é o responsável por defender operacionalmente o Brasil, tendo como seu guia moral e Patrono, o Duque de Caxias.

Criada com a independência do Brasil, em 1822, atualmente, as Forças Armadas do Brasil contam com cerca de 360 mil integrantes. Já os bombeiros militares são quase 64 mil enquanto temos mais de 380 mil policiais militares.

Isso faz com que o nosso exército seja reconhecido como o maior da América Latina e um dos maiores do planeta. Além disso, o Exército é formado por cerca de 1,34 milhão de soldados reservistas.

Logo após sua criação, o Exército brasileiro teve de lutar contra as tropas portuguesas e até hoje os valorosos soldados brasileiros participaram de inúmeras operações no exterior.

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Além disso, o Exército Brasileiro participou da Segunda Guerra Mundial, por meio da Força Expedicionária Brasil (FEB), criada unicamente com o propósito de lutar na Europa.

No Exterior

Entre tantas cooperações, podemos destacar a participação do Brasil nas Forças de Paz da Paz da ONU (Organização das Nações Unidas). O Brasil enviou aproximadamente 57.700 militares para missões de paz de ONU. E para que outros possam viver, durante todo o nosso histórico em participações de peacekeeping (manutenção da paz). Um total de 42 soldados de manutenção da paz brasileiros perderam suas vidas no cumprimento do dever em operações de relevante importância, sob a égide da ONU.

Entre 1957 e 1967, o Brasil enviou um batalhão de Infantaria de aproximadamente 600 homens na Primeira Força de Emergência das Nações Unidas (UNEF I), na região do Sinai e Faixa de Gaza, entre 1957 e 1967.

Para as mesmas operações de paz, o Exército brasileiro atuou nos acordos entre Holanda e Indonésia, na Croácia, Bósnia-Herzegovina, Moçambique, Angola e Haiti, quando as forças de paz ajudaram na transição do Haiti para uma democracia e na reconstrução e estabilidade daquele país após o terremoto de janeiro de 2010.

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Desde 2015, ao Brasil está no comando da Missão de Estabilização da Organização das Nações Unidas na República Democrática do Congo para o restabelecimento da paz naquele país.

Atualmente, os militares servem em 9 missões da ONU em todo o mundo, em locais tão diversos quanto Darfur, Chipre, Líbano e República Centro-Africana.

Segunda Guerra Mundial

A guerra contra o nazismo e fascismo contou com a presença de soldados brasileiros.

A delegação militar que atuou na Europa era chamada de FEB (Força Expedicionária Brasileira) e integrou as tropas dos países aliados, formados pelo Reino Unido, França, União Soviética e Estados Unidos, entre outros, contra o Eixo (Alemanha, Itália e Japão).

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A FEB foi criada em 9 de agosto de 1943 pela Portaria Ministerial Nº 4744, após o Brasil ter declarado guerra ao Eixo, em agosto do ano anterior.

O contingente da FEB que foi enviado `Europa era formado por 25.445 mil homens para atuar exclusivamente na guerra. Destes, 450 soldados morreram e três mil soldados ficaram feridos no decorrer da campanha.

O famoso símbolo da FEB é o de uma cobra fumando um cachimbo. A explicação para a doção dessa imagem foi uma resposta àqueles que diziam que o Brasil não teria capacidade de ir à guerra. Isso só ocorreria, diziam em tom de desdém, se a “cobra fumasse”.

As tropas brasileiras atuaram nas regiões montanhosas da Itália entre o fim de 1944 e o início de 1945. A principal batalha travada foi a de Monte Castelo, cuja conquista foi realizada em fevereiro de 1945. Outras participações do Brasil na guerra ocorreram em Castelnuovo, Montese, Fornovo di Taro, entre outras.

*Umberto Luiz Borges D’Urso, advogado criminal, mestre em Direito Político e Econômico pela Universidade Mackenzie, pós-graduação Lato Sensu em Direito Penal pela UNI-FMU, pós-graduação Lato Sensu em Processo Penal pela UNI-FMU, pós-graduação em Direito pela Universidade de Castilla–La Mancha-Espanha, conselheiro efetivo seccional e diretor de Cultura e Eventos da OAB/SP nas gestões de 2004/2018, presidente do Conselho Penitenciário do Estado de São Paulo por quatro gestões, membro do Conselho Estadual de Política Criminal e Penitenciária da Secretaria da Administração Penitenciária do Estado de São Paulo, membro do Comitê Gestor da SAP, presidente de honra da Associação Brasileira dos Advogados Criminalistas – Regional São Paulo, ABRACRIM e autor de vários artigos. Recebeu várias honrarias, dentre elas a Medalha Ruth Cardoso outorgada pelo Conselho Estadual da Condição Feminina

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