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Justiça decreta prisão de ‘Dona Maria’ suspeita de lavar dinheiro do tráfico na conta da filha menor

Jasiane Silva Teixeira, que já está detida em São Paulo desde janeiro, integra o ‘Baralho do Crime’. responde a quatro ações penais por homicídio e comércio de drogas e ficará sob regime de custódia preventiva na Bahia onde teria liderado organização criminosa na região de Vitória da Conquista; Estadão busca contato com a defesa

Foto do author Heitor Mazzoco

A Justiça acatou pedido do Ministério Público da Bahia e decretou a prisão preventiva de Jasiane Silva Teixeira, a ‘Dona Maria’, apontada como uma das principais líderes do tráfico de drogas do estado. O mandado de prisão foi expedido pela Vara dos Feitos Relativos a Delitos de Organização Criminosa de Salvador. ‘Dona Maria’ é investigada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco), braço do Ministério Público da Bahia que a denunciou no último dia 20 por crime de lavagem de dinheiro. Ela usava até uma conta em nome da filha menor para pulverizar o dinheiro ilícito.

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A reportagem do Estadão busca contato com a defesa de ‘Dona Maria’. O espaço está aberto.

A decisão judicial determina que ‘Dona Maria’ seja transferida para a Bahia. Ela foi presa em janeiro deste ano, em São Paulo, onde foi encontrada com R$ 66 mil em espécie, 10 celulares e documentos contábeis relacionados ao tráfico de drogas. Na ocasião, Jasiane teria tentado destruir provas quando se viu cercada pela polícia.

Jasiane Silva Teixeira teria liderado organização criminosa em Vitória da Conquista. Foto: Divulgaçãi/Prefeitura Municipal

O Ministério Público informou que a prisão preventiva de ‘Dona Maria’ foi decretada para garantir a ordem pública e econômica, ‘além de evitar que a acusada interfira na instrução criminal ou fuja da aplicação da lei’

Jasiane integra o chamado ‘Baralho do Crime’ da Secretaria de Segurança Pública e responde a quatro ações penais por homicídio e tráfico de drogas.Segundo os promotores do Gaeco, ‘Dona Maria’ administrava facção criminosa de tráfico de drogas na região de Vitória da Conquista. Ela teria sido responsável pela contabilidade e o fluxo de caixa da organização.

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As investigações apontam que ela ‘ocultava os lucros criminosos pulverizando os recursos em contas de diversas pessoas, mediante depósitos fracionados, que retornavam para ela mesma ou para outros membros da organização criminosa sem possibilidade de rastreamento pelos órgãos de controle financeiro e de persecução penal’.

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