A força-tarefa da Operação Lava Jato, no Rio, denunciou o ex-subsecretário de Saúde do Estado e delator Cesar Romero, além de outros sete investigados, por corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro e evasão de divisas. Na lista de acusados estão os empresários Miguel Iskin e Gustavo Estellita, presos na Operação S.O.S no fim de agosto.
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A DENÚNCIASegundo o Ministério Público Federal, esta denúncia 'engloba a correspondente face da corrupção ativa protagonizada por Miguel Iskin Gustavo Estellita, empresários do ramo de próteses e produtos médicos'.
A Lava Jato afirma que os dois foram 'responsáveis pelo pagamento de propina, no exterior, sob a condição de obter benefícios para as suas empresas e do seu grupo nos contratos de fornecimento de equipamentos e produtos médico-hospitalares celebrados com a Secretaria de Saúde e Defesa Civil do Estado do Rio de Janeiro e a corrupção passiva praticada por Cesar Romero em relação a parte das vantagens indevidas recebidas no exterior'.
A denúncia aponta que, entre 18 e 21 de outubro de 2011, Romero recebeu propina em, pelo menos, duas oportunidades. Uma delas, de US$ 226 mil, por meio de uma conta oculta mantida no JP Morgan Chase Bank, nos Estados Unidos da América, em nome da offshore Avalena Trading Limited. O valor, de acordo com a Lava Jato, foi 'ofertado por ação de Gustavo Estellita e Miguel Iskin.
A Procuradoria da República indica ainda um ato de corrupção de Cesar Romero, em 2011, 'no recebimento de vantagem indevida de Gustavo Estellita e Migual Iskin no valor total de US$ 400 mil, em razão da chefia da Subsecretaria de Estado de Saúde'.
A reportagem está tentando contato com a defesa dos citados. O espaço está aberto para manifestação.