A Polícia Federal prendeu nesta sexta-feira, 10, o empresário João Paulo Julio Pinho Lopes, ligado à corretora Advalor. A investigação é da força-tarefa da Operação Lava Jato do Rio, e os mandados foram ordenados pelo juiz federal Marcelo Bretas, da 7.ª Vara Federal.
O empresário foi citado na delação premiada do ex-subsecretário estadual de Transportes do Rio Luiz Carlos Velloso. As declarações foram homologadas pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Dias Toffoli.
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PEDIDO DA LAVA JATODocumento
DECISÃOJoão Paulo Julio Pinho Lopes é filho de Miguel Julio Lopes, alvo da Lava Jato, no Paraná, em março de 2017, e atualmente morando em Portugal. Na época, a investigação apontou que a Advalor teria ajudado a fazer remessas ao exterior e colaborado para lavagem de dinheiro de propinas.
Em depoimento, Luiz Carlos Velloso e Juscelino Gil Velloso narraram que a Advalor era usada 'como uma espécie de instituição financeira para armazenar recursos ilícitos de agentes públicos, bem como efetivar pagamentos em seu favor'.
Em manifestação à Justiça, o Ministério Público Federal afirmou que mesmo após a deflagração da Operação Tolypeutes, em março de 2017, João Paulo Julio de Pinho Lopes 'continua fazendo operações com a empresa Advalor e ocultando os recursos ilícitos entregues a ele por Luiz Carlos Velloso'. A representação da Procuradoria da República é de 20 de julho.
"Em diligência realizada em 18 de julho de 2018, servidores do Ministério Público Federal constataram que a empresa estava em funcionamento e que João Paulo Julio de Pinho Lopes permanece trabalhando no local. Importante salientar que os recursos ilícitos custodiados na Advalor encontram-se lá depositados até a presente data", relatou a força-tarefa da Lava Jato.
A reportagem está tentando localizar a defesa do empresário. O espaço está aberto para manifestação.