O tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, foi intimado pela Polícia Federal para um novo depoimento na próxima segunda, 11. A PF quer ouvir Cid outra vez para esmiuçar detalhes de suas revelações já feitas no âmbito da delação premiada que se dispôs a fazer.
O depoimento ocorre após a abertura da fase ostensiva da Operação Tempus Veritatis - apuração sobre uma suposta tentativa de golpe de Estado - e a tomada de depoimentos de vários investigados. Intimado, Bolsonaro se calou diante dos investigadores.
De outro lado, o ex-comandante do Exército, general Marco Antônio Freire Gomes, confirmou à PF ter participado de reuniões, com Bolsonaro, na qual foi discutida uma ‘minuta de golpe’, que previa a realização de novas eleições após a vitória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas urnas e até a prisão do ministro Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral.
O que abasteceu as apurações da Tempus Veritatis foram as mensagens encontradas no celular de Mauro Cid. Os diálogos implicam diretamente Bolsonaro, indicando que o ex-presidente teria participado da redação da minuta, ‘enxugando’ o texto.
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