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Ministério da Justiça, Procuradoria, PF e Promotoria abrem canais para denúncias, informações e vídeos de invasores dos três Poderes

Instituições pedem que sejam encaminhados vídeos, fotos ou prints de redes sociais que possam ajudar a identificar os responsáveis pelos atos golpistas e de depredação

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Foto do author Pepita Ortega

O Ministério da Justiça, a Procuradoria-Geral da República, a Polícia Federal e o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios criaram canais para receber denúncias e informações sobre os invasores e depredadores das sedes dos três Poderes, neste domingo, 8. As instituições pedem que sejam encaminhados vídeos, fotos ou prints de redes sociais que possam ajudar a identificar os responsáveis pelos atos golpistas e de depredação. Segundo a pasta chefiada por Flávio Dino, 'qualquer pista é bem-vinda'.

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O e-mail disponibilizado pelo Ministério da Justiça para encaminhamento de informações é o denuncia@mj.gov.br. Já para remeter conteúdos à Promotoria, o endereço é o falecom@mpdft.mp.br. O canal do Ministério Público Federal é a Sala de Atendimento ao Cidadão. Para enviar dados à Polícia Federal, o e-mail é o denuncia8janeiro@pf.gov.br.

Os canais foram criados em meio a mobilização da sociedade civil para identificar os responsáveis pela invasão e depredação do Congresso Nacional, do Supremo Tribunal Federal e do Palácio do Planalto. Nas redes sociais, foram criadas páginas que salvaram as imagens gravadas por bolsonaristas que participaram dos atos golpistas. Os perfis incentivam uma 'força-tarefa' para identificar os responsáveis, autores das gravações.

Radicais invadiram sedes do Supremo, Planalto e Congresso. Foto: Wilton Júnior/Estadão

A Promotoria do DF ainda informou ter requisitado, nesta segunda-feira, 9, informações sobre a atuação policial antes e durante os ataques ao Congresso, ao Palácio do Planalto e ao Supremo Tribunal Federal. O MP quer saber o quantitativo de policiais empregados na operação deste domingo, as estratégias adotadas pelos policiais. Também questionou 'qual o momento da constatação dos atos extremistas e as medidas preventivas' que teriam sido adotadas pelas forças de segurança.

"Se houver qualquer indício de irregularidade na atuação de qualquer uma das forças policiais do Distrito Federal, civil ou militar, o MPDFT vai abrir investigação para apuração dos fatos e das responsabilidades", sustenta a Promotoria.

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A conduta das forças de segurança é alvo de duras críticas e questionamentos. Ao determinar o afastamento do governador Ibaneis Rocha por 90 dias, o ministro Alexandre de Moraes apontou 'graves falhas na atuação dos órgãos de segurança pública'. O magistrado citou a escolta da marcha golpista formada por 'terroristas e criminosos' e a falta de 'resistência exigida para a gravidade da situação'.

Como mostrou o Estadão, após extremistas furarem o bloqueio invadirem o Congresso Nacional, o Supremo Tribunal Federal e o Palácio do Planalto, parte dos policiais abandonaram as barreiras e compravam água de coco em frente à Catedral Metropolitana Nossa Senhora Aparecida.

Nas redes sociais, vídeos mostram que policiais militares não impediram o acesso dos golpistas a vias que levavam até a Esplanada dos Ministérios. Em algumas das gravações, os bolsonaristas chegam a provocar os policiais: "Hoje está pode tomar banho no espelho d'água tranquilo?".

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