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MP de São Paulo nega investigar Baby do Brasil por pedir que vítimas de abuso perdoem agressores

Promotoria de Justiça de Direitos Humanos do Ministério Público de São Paulo arquivou representação da deputada Sâmia Bomfim contra a cantora; ‘Fez uso de sua liberdade religiosa e de expressão’, diz o MP

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Foto do author Rayssa Motta
Foto do author Fausto Macedo

O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) não vai investigar a cantora e pastora Baby do Brasil por pedir que vítimas de abuso sexual perdoem seus agressores. As declarações foram feitas durante um culto evangélico.

A Promotoria de Justiça de Direitos Humanos arquivou uma representação da deputada Sâmia Bomfim (PSOL-SP) contra Baby do Brasil. A decisão afirma que a cantora “fez uso de sua liberdade religiosa e liberdade de expressão”.

“Não há, em consequência, providências judiciais ou extrajudiciais a serem adotadas por esta Promotoria de Justiça”, diz a decisão de arquivamento.

SÃO PAULO 14/09/2023 CADERNO 2 ENSAIO NOVOS BAIANOS- ensaio do grupo Novos Baianos Baby do Brasil. Pepeu Gomes e Paulinho boca de cantor em um estúdio em São Paulo FOTO ALEX SILVA/ESTADAO  Foto: ALEX SILVA/ESTADAO

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Os promotores Marcelo Otávio Camargo Ramos e Clarissa Chagas Donda defendem que a conduta “não configura ilícito” e que, por isso, não cabe ao poder público julgar a “adequação, pertinência ou oportunidade” das declarações.

“A repercussão negativa da fala da artista representada, por si só, é desdobramento natural da liberdade de expressão, cabendo aos próprios ouvintes de tal fala exercerem seu juízo crítico sobre as mensagens veiculadas”, afirmam os promotores.

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O culto ocorreu no dia 10 de fevereiro na casa noturna D-Edge, em São Paulo. “Perdoa tudo o que você tiver no seu coração aqui hoje nesse lugar. Se teve abuso sexual. Perdoa! Se foi da família? Perdoa”, disse Baby do Brasil.

O dono da boate, Renato Ratier, que organizou o evento, compartilhou uma nota pública em suas redes sociais repudiando as declarações da cantora. Ele afirmou que o culto tinha a intenção de promover “amor, respeito e transformação” e prestou solidariedade às vítimas de violência sexual.

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