O ministro da Justiça, Anderson Torres, informou nesta terça-feira, 4, que pediu para a Polícia Federal (PF) investigar os institutos de pesquisa eleitoral.
Torres disse que o Ministério da Justiça recebeu uma representação que acusou "alguns institutos" de "condutas que, em tese, caracterizariam a prática de crimes". Os nomes desses institutos não foram divulgados.
Em nota, a pasta disse que "a divulgação de pesquisa fraudulenta constitui crime, punível com detenção de seis meses a um ano e multa".
?s=20&t=HahBT_g32oGrVMndTT-dkw
Após o resultado do primeiro turno das eleições, o presidente Jair Bolsonaro (PL) disse que "venceu a mentira" e que o resultado "desmoralizou" os institutos que fazem pesquisa de intenção de voto. Ele recebeu 43,2% dos votos válidos e vai disputar o segundo turno contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Os últimos resultados divulgados antes da votação previam que Bolsonaro receberia com 36% ou 37% dos votos válidos.
Em São Paulo, maior colégio eleitoral do País, as pesquisas apontavam a liderança de Fernando Haddad (PT), que terminou na segunda posição, atrás do bolsonarista Tarcísio de Freitas (Republicanos).
Pesquisadores ouvidos pelo Estadão dizem que não há explicação única para as divergências entre as pesquisas de intenção de voto divulgadas até a véspera do primeiro turno e os resultados das urnas no domingo. As hipóteses apresentadas incluem questões estatísticas, as metodologias dos levantamentos e mudanças no comportamento dos eleitores.
As diretoras do Datafolha, Luciana Chong, e do Ipec, Márcia Cavallari, principais institutos de pesquisa do País, atribuíram o fôlego do presidente a um possível voto útil no bolsonarismo na reta final do primeiro turno.
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.