Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) minimizaram as críticas dirigidas neste domingo, 21, ao tribunal e ao ministro Alexandre de Moraes no Rio de Janeiro, durante manifestação de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Integrantes da Corte que assistiram a trechos da manifestação, realizada na praia de Copacabana, avaliam que o evento não passou de uma reedição de protestos e reações anteriores – ou “mais do mesmo”, nas palavras de um dos ministros.
Os ataques foram terceirizados ao pastor Silas Malafaia, aliado de primeira ordem do ex-presidente e organizador do evento. Ele foi o porta-voz das críticas ou o “laranja” de Bolsonaro, segundo um integrante do STF. Chamou Moraes de “ditador” e insinuou que os colegas no Supremo Tribunal Federal não apoiam suas decisões.
“A maioria dos ministros do STF não concorda com Alexandre de Moraes. Vocês não podem se calar. Alexandre de Moraes está jogando o STF na lata do lixo da moralidade”, bradou o pastor.
Em comício em São Paulo, em fevereiro, Bolsonaro admitiu a existência da minuta que previa intervir no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para anular o resultado da eleição e acabou municiando a Polícia Federal no inquérito que investiga sua participação no planejamento de um golpe de Estado. A fala de Bolsonaro na época soou como uma admissão. Desta vez ele evitou cair na cilada de sua própria narrativa. Os comentários mais incisivos ficaram por conta de Malafaia.
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Recentemente, quando Alexandre de Moraes entrou na mira do empresário Elon Musk, dono do X, que o acusou de censura por mandar suspender perfis na plataforma, ministros do STF saíram em sua defesa. Houve reações no plenário do tribunal, em pronunciamentos durante eventos externos e até nas redes. Tudo para passar uma mensagem de unidade.
Desta vez, não está prevista uma operação de desagravo ao colega. Nem nota institucional o Supremo Tribunal Federal planeja soltar. A avaliação predominante até o momento é a de que o protesto não surpreende e nem foi um evento relevante. O destaque do domingo, segundo um magistrado em tom de brincadeira, é o embate entre Palmeiras e Flamengo no Brasileirão.
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