O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), atendeu ao pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) e determinou que a Polícia Federal (PF) complemente a investigação sobre as fraudes nos cartões de vacina do ex-presidente Jair Bolsonaro, de sua filha, Laura, e de assessores do seu governo.
“Acolho a manifestação apresentada pela Procuradoria-Geral da República e determino o retorno dos autos à Polícia Federal”, escreveu o ministro.
A decisão reabre o inquérito, que já havia sido dado como encerrado pela PF. O delegado Fábio Alvarez Shor apresentou o relatório final do caso no mês passado e sugeriu o indiciamento do ex-presidente e de outras 16 pessoas pela falsificação dos comprovantes de vacinação da covid-19.
Veja o que a PF precisará esclarecer:
- Se Bolsonaro e seus auxiliares efetivamente apresentaram algum certificado falso de vacinação quando viajaram aos Estados Unidos na pandemia;
- Se, na época, o comprovante de vacinação era uma exigência das autoridades norte-americanas mesmo para quem tivesse passaporte diplomático;
- O que foi encontrado nos celulares apreendidos no inquérito;
- Qual foi a participação do deputado Gutemberg Reis de Oliveira no caso.
Ao pedir as diligências complementares, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, argumentou que as informações são necessárias para que ele possa decidir se oferece ou não denúncia contra o ex-presidente e seus auxiliares.
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