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Moraes vai relatar investigação sobre bombas em frente ao STF

Ministro que conduz inquéritos sobre atos golpistas do 8 de Janeiro, das milícias digitais e ataques à Corte assume relatoria da investigação sobre Francisco Wanderley Luiz, o Tiú França, que detonou artefatos em frente o Supremo e depois se explodiu

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Foto do author Pepita Ortega
Atualização:
O corpo do Homem identificado como Francisco Wanderley Luiz, que se explodiu na noite de ontem em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF) em Brasília, foi periciado por Policiais Federais e retirado por agentes do Instituto Médico Legal (IML) na manhã desta quinta-feira 14 de novembro Foto: WILTON JUNIOR/ESTADÃO

O presidente do Supremo Tribunal Federal Luís Roberto Barroso encaminhou para o gabinete do ministro Alexandre de Moraes a investigação sobre as explosões realizadas por Francisco Wanderley Luiz, o Tiü França, em frente à Corte máxima na noite desta quarta, 13. A investigação se debruça sobre suposto atentado ao Estado de Direito e terrorismo, indicou o diretor-geral da Polícia Federal, delegado Andrei Passos Rodrigues.

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Conforme antecipado pelo Estadão, a PF apura a motivação política do atentado e, por isso, pediu que o caso fosse remetido ao gabinete que concentra as investigações sobre os atos golpistas do 8 de Janeiro, o inquérito das milícias digitais e a apuração sobre ataques a ministros da Corte.

A ex-mulher de Tiü França, que tinha 59 anos, afirmou que ele dizia que pretendia matar Moraes, o que os investigadores ainda pretendem confirmar.

As investigações se concentram em diferentes aspectos do crime. Segundo a PF, os explosivos - fogos de artifício - estocados no porta-malas do carro dele, encontrado no estacionamento da Câmara, foram detonados remotamente.

Na manhã desta quinta, 14, a PF localizou o celular do autor do atentado. O aparelho estava em um trailer. Os investigadores esperam que o conteúdo do aparelho seja peça-chave no inquérito.

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Andrei indicou que Tiü França carregava até um lança-chamas na ofensiva que tentou contra o STF na noite desta quarta. O diretor-geral da Polícia Federal revelou que a Corte recebeu novas ameaças, por e-mail. O STF afirmou que não vai comentar sobre as mensagens.

Em evento na manhã desta quinta, 14, Moraes indicou que as explosões são “resultado do ódio político que se instalou no País”, desde quando o “gabinete do ódio começou a destilar discurso de ódio contra as instituições”.

“Isso foi se avolumando sob o manto de uma criminosa utilização da liberdade de expressão. Ofender, ameaçar, coagir, em nenhum lugar do mundo isso é liberdade de expressão. Isso é crime”, seguiu.

Moraes também fez um alerta ao Congresso, onde tramita a PEC da Anistia que poderá beneficiar os radicais do 8 de Janeiro. “Não existe possibilidade de pacificação com anistia a criminosos. A impunidade vai gerar mais agressividade, como gerou ontem”, disse o ministro.

Ele informou que foram encontradas mais duas bombas na casa de Tiü França, em Ceilândia, DF.

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A residência foi vasculhada na noite desta quarta. A PF usou robôs do esquadrão anti-bombas para abrir as portas do imóvel. Quando isso ocorreu, os explosivos foram detonados automaticamente.

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