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Procuradoria vê prevaricação, violência política e omissão e pede à PF que investigue com urgência chefe da PRF

Ministério Público Federal enviou ofício nesta quarta-feira, 2, à Polícia Federal para abertura de inquérito sobre a atuação do diretor-geral da PRF Silvinei Vasques nas eleições e também diante da ofensiva de bolsonaristas que, desde segunda, 31, bloquearam importantes rodovias por quase todo País

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Atualização:

O diretor da PRF Silvinei Vasques virou réu por improbidade após pedir voto para Bolsonaro. Foto: Carolina Antunes/PR

O Ministério Público Federal (MPF) pediu nesta quarta-feira, 2, à Polícia Federal (PF) a abertura urgente de um inquérito sobre a conduta do diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, nas eleições de 2022.

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O documento aponta indícios de prevaricação, violência política e omissão na desmobilização dos protestos que bloquearam estradas federais após a derrota do presidente Jair Bolsonaro (PL). As interdições seguem após três dias em pelo menos 15 Estados.

A corporação vem repetindo que, desde que encontrou os primeiros bloqueios na estradas, "adotou todas as providências para o retorno da normalidade do fluxo".

Bloqueios em rodovias por todo o País são registrados desde esta segunda-feira, 31. Foto: Silvio Avila/ AFP

O inquérito também deve investigar se as abordagens feitas no último domingo, 30, dentro do horário de votação, afetaram o "livre exercício do direito de voto".

Mesmo após o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) proibir operações relacionadas ao transporte público de eleitores, a PRF fez ao menos 560 operações, com foco no Nordeste. Eleitores denunciaram abordagens irregulares e o PT encampou a narrativa de que a corporação foi usada politicamente para dificultar o voto na região, predominantemente lulista.

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A versão da Polícia Rodoviária Federal é a de que as operações tinham o objetivo de combater o transporte irregular de eleitores, com base no Código de Trânsito.

A investigação sobre o diretor-geral da PRF foi requisitada a pedido de membros da 2.ª e da 7.ª Câmaras da Procuradoria Geral da República (PGR), compostas por subprocuradores-gerais da República. Eles apontaram "má conduta" na gestão da corporação e possível desvio de finalidade visando "interferir no processo eleitoral".

Como mostrou o Estadão, Silvinei Vasques pediu votos para Bolsonaro nas redes sociais na véspera do segundo turno. A publicação foi apagada após a repercussão na imprensa.

COM A PALAVRA, O DIRETOR-GERAL DA PRF

A reportagem entrou em contato com a corporação e aguarda resposta. O espaço está aberto para manifestação.

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