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Novo chefe da PF em São Paulo planeja descapitalizar crime organizado; ‘não basta prender’

Rodrigo Sanfurgo, de 49 anos, há 17 na carreira, especialista e precursor de ações de inteligência contra o colarinho-branco e crimes financeiros, vai ocupar a cadeira de Rogério Giampaoli, que deve ser deslocado para uma adidância no exterior

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Foto do author Fausto Macedo
Atualização:

O delegado Rodrigo Luís Sanfurgo de Carvalho vai assumir a chefia da Superintendência Regional da Polícia Federal em São Paulo na próxima sexta, 12, convencido de que a inteligência é a melhor estratégia para enfrentar o crime organizado. Sua meta já está traçada: descapitalizar organizações que se dedicam ao tráfico internacional de drogas e armas e enfrentamento do colarinho-branco, que busca se infiltrar no setor público pela trilha da corrupção - diretrizes da gestão Andrei Rodrigues, diretor-geral da PF.

Delegado Rodrigo Luis Sanfurgo de Carvalho Foto: Jefferson Messias/Justiça Federal

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Aos 49 anos, desde 2007 na carreira, Sanfurgo ocupa atualmente a cadeira número 2 da PF em São Paulo, como delegado regional Executivo (Drex), desde maio de 2021. No comando da maior Superintendência Regional do País, vai assumir o lugar do delegado Rogério Giampaoli, que deve ser deslocado para uma adidância da PF no exterior - provavelmente no Chile.

“A meta principal é o combate ao crime organizado”, disse Sanfurgo ao Estadão nesta sexta, 5, após sua nomeação para o novo posto sair publicada no Diário Oficial da União, em despacho do secretário executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Manoel Carlos de Almeida Neto.

Discreto, hábil, com expertise em investigações sobre ilícitos financeiros e lavagem de dinheiro, Sanfurgo aposta na descapitalização do crime.

Ele entende que não adianta a corporação só prender integrantes de quadrilhas. “O que importa é isso, sufocar financeiramente o crime, esvaziar suas finanças. Não adianta enxugar gelo, não basta prender. É preciso tornar efetiva a descapitalização.”

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Também mira o crime ambiental, outra orientação expressa do diretor-geral da PF, delegado Andrei Augusto Passos Rodrigues. “Instrumentos legais nós temos. E temos capacidade para fazer.”

‘É um grande desafio”, define Sanfurgo.

Graduado em Direito em 1999, ele exerceu a advocacia de abril de 2000 a janeiro de 2007. Ocupou o cargo público efetivo de analista processual do Ministério Público Federal – Procuradoria da República em São Paulo, em 2007.

Delegado de Polícia Federal desde julho de 2007, foi chefe do Núcleo de Operações da Delegacia de Repressão à Corrupção e Crimes Financeiros (Delecor) em São Paulo.

Também foi o responsável pela Unidade de Análise de Dados de Inteligência Policial e chefe da Delegacia de Repressão à Corrupção e Crimes Financeiros. Exerceu a função de corregedor regional da PF no Rio de Janeiro e dirigiu a Unidade de Análise de Dados de Inteligência Policial da Delegacia de Repressão a Crimes Fazendários em São Paulo.

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Rodrigo Sanfurgo foi instrutor do Programa Nacional de Capacitação e Treinamento para o Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro – PNLD – do Ministério da Justiça e professor da Academia Nacional da PF.

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