Foto do(a) blog

Notícias e artigos do mundo do Direito: a rotina da Polícia, Ministério Público e Tribunais

Novo procurador assume investigação sobre plano do PCC para sequestrar Moro

Troca acontece após José Soares sugerir arquivamento do inquérito na esfera federal e transferência do caso para São Paulo; o colega Adrian Pereira Ziemba assume a apuração

PUBLICIDADE

Foto do author Rayssa Motta
Foto do author Fausto Macedo

Um novo procurador da República assumiu a investigação sobre o plano do Primeiro Comando da Capital (PCC) para sequestrar o senador Sérgio Moro (União-PR).

PUBLICIDADE

Depois de pedir o arquivamento do inquérito na esfera federal e sugerir a transferência do caso para o Ministério Público de São Paulo, o procurador José Soares foi substituído pelo colega Adrian Pereira Ziemba.

A primeira manifestação do novo procurador foi pela conversão da prisão temporária de Reginaldo Oliveira de Sousa, o Re, em preventiva - o que foi deferido pela juíza Gabriela Hardt, substituta na 9.ª Vara Federal Criminal de Curitiba. A prisão preventiva não tem prazo para acabar.

Ao manter a investigação na Procuradoria em Curitiba, a 2.ª Câmara de Coordenação e Revisão Criminal do Ministério Público Federal (MPF) deixou expresso que Soares poderia pedir, 'com fundamento em sua independência funcional, a designação de outro membro' do MPF para conduzir o inquérito.

O pedido dele também foi negado pela juíza Gabriela Hardt.

Publicidade

Troca de mensagem sobre códigos criados pelos criminosos para se referir aos comandos e aos alvos do plano de sequestro. Foto: Reprodução

A investigação começou no início de fevereiro, depois que um ex-integrante da facção jurado de morte delatou o plano. Os próximos passos incluem a tomada de depoimento dos suspeitos presos e a perícia nos celulares, computadores e documentos apreendidos na Operação Sequaz.

O procurador responsável inicialmente pelo inquérito defendeu que o caso deveria ser remetido para São Paulo porque o plano foi descoberto pelo Ministério Público do Estado. Ele também afirmou que os crimes investigados devem ser processado na Justiça estadual.

Por enquanto, o entendimento do MPF e da Justiça Federal no Paraná é que a transferência seria prematura.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.