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“O discurso de ódio contra a mulher é muito cruel”, diz Cármen Lúcia

Em visita ao Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo, nesta terça, 23, ministra presidente do TSE defende ampliação da participação feminina na política, diz que eleitor ‘não precisa se submeter a nenhum tipo de pressão para votar em determinado candidato’ e condena a fala do ódio: “Contra o homem, ‘é ladrão, é preguiçoso, é vagabundo’, contra nós, ‘é sexista, misógino e machista’

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Foto do author Heitor Mazzoco
Atualização:

A presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Cármen Lúcia, afirmou nesta terça-feira, 23, considerar o discurso de ódio contra a mulher “muito cruel”. Ela fez uma comparação entre os ataques sofridos por homens e mulheres para dar dimensão da situação.

“Contra o homem, ‘é ladrão, é preguiçoso, é vagabundo’. Contra nós, [o discurso] é sexista, misógino e machista. E esse discurso não afeta só a mulher, mas toda a sua família. Aí muitas vezes a família, os filhos, acabam pedindo para que a mulher não continue na carreira política”, disse a ministra, que esteve no Tribunal Regional Eleitoral (TRE-SP) nesta terça-feira, 23.

Cármen Lúcia: ' Ninguém pode saber em quem você votou. Isso precisa ficar claro para o eleitor', afirmou a ministra Foto: wilton junior/Estadão

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A ministra também afirmou ser necessário lembrar os eleitores brasileiros - diante da proximidade do pleito municipal em outubro próximo - de que o voto é sigiloso e que ninguém deve ser submetido a algum tipo de pressão. “Ninguém pode entrar com o celular na cabine de votação e ninguém pode saber em quem você votou. Isso precisa ficar claro para o eleitor”, disse.

Presidente da Corte Eleitoral paulista, desembargador Silmar Fernandes, e o vice-presidente, desembargador José Antonio Encinas Manfré, entregaram para a ministra um levantamento que mostra que 63% do corpo funcional do tribunal paulista é formado por mulheres.

O percentual é maior do que a média nacional de servidoras no Poder Judiciário (56,2%), segundo pesquisa do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) com 68 Tribunais, considerando dados de 2009 a 2018. Dos 4.071 servidores que atuam no TRE-SP, incluindo os servidores próprios e os requisitados de outros órgãos, 2.501 são mulheres. A grande maioria das servidoras (77%) trabalha nos cartórios eleitorais.

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