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Uma semana após operação da PF, desembargadores do TJ-MS ainda não colocaram tornozeleiras

Decisão do Superior Tribunal de Justiça que afastou cinco magistrados também determinou monitoramento eletrônico; Tribunal de Mato Grosso do Sul não informou por que os aparelhos não foram instalados; por seus advogados, o desembargador Sideni Pimentel informou que não recebeu intimação para colocar equipamento

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Foto do author Rayssa Motta
Foto do author Fausto Macedo
Atualização:

Uma semana se passou desde a Operação Ultima Ratio e os cinco desembargadores do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul na mira da Polícia Federal (PF) ainda não colocaram as tornozeleiras eletrônicas.

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O escritório Bottini e Tamasauskas, que representa o desembargador Sideni Pimentel, informou que o magistrado ainda não foi intimado para colocar a tornozeleira.

O monitoramento dos magistrados foi determinado pelo ministro Francisco Falcão, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), antes do envio da investigação ao Supremo Tribunal Federal (STF).

O ministro justificou que a instalação das tornozeleiras era necessário para “viabilizar a fiscalização” diante da “gravidade” e da “natureza dos delitos em apuração”.

Segundo a decisão, a obrigação de comunicar o órgão responsável pela execução da medida de monitoramento no Estado é da Corregedoria do Tribunal de Mato Grosso do Sul.

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Procurada pelo Estadão, a Corte não informou por que os desembargadores não se apresentaram para a instalação das tornozeleiras.

Os alvos da Operação Última Ratio: desembargadores Sérgio Fernandes Martins, Sideni Soncini Pimentel, Alexandre Aguiar Bastos, Vladimir Abreu da Silva, Marcos José de Brito Rodrigues e o conselheiro do TCE-MS Osmar Domingues Jeronymo. Foto: TRE-MS; Instituto Rui Barbosa; TJ-MS; OAB-MS

Os desembargadores investigados são Vladimir Abreu da Silva, Alexandre Aguiar Bastos, Sideni Soncini Pimentel, Marcos José de Brito Rodrigues e Sérgio Fernandes Martins. O conselheiro Osmar Domingues Jeronymo. do Tribunal de Contas do Estado, também é alvo do inquérito. Eles são suspeitos de venderem decisões judiciais e estão afastados dos cargos.

O inquérito foi transferido ao Supremo Tribunal Federal porque a PF encontrou mensagens que citam gabinetes de quatro ministros do STJ - Paulo Moura Ribeiro, Og Fernandes, Nancy Andrighi e Isabel Gallotti. Eles negam ligação com práticas ilícitas.

O Superior Tribunal de Justiça abriu procedimentos disciplinares para investigar dois servidores, mas segundo a Corte “não há qualquer indício de envolvimento de ministros”.

COM A PALAVRA, O ESCRITÓRIO BOTTINI & TAMASAUSKAS, QUE REPRESENTA O DESEMBARGADOR SIDENI PIMENTEL

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“A defesa do desembargador Sideni Pimentel esclarece que até agora não houve intimação ou notificação para colocação de tornozeleira eletrônica, como se aventa em notícias. Tão logo se saiba onde e quando comparecer para a medida, o desembargador atenderá prontamente.”

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