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‘Pagamentos a juízes chamam a atenção pelas cifras milionárias’, afirmam servidores do Judiciário

Federação Nacional dos Trabalhadores do Judiciário nos Estados dispara reação enfática à manifestação do secretário-geral do Tribunal de Justiça de Rondônia, Ronaldo Forti Silva, segundo o qual quando servidores ingressam na instituição representam peso à folha de vencimentos; ‘não é que vocês só chegam para somar em produção, vocês chegam para pesarem gasto’

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Foto do author Pepita Ortega
Atualização:
Posse de servidores do TJRO Foto: YouTube/TJRO

Servidores do Poder Judiciário nos Estados criticaram enfaticamente a remuneração com ‘cifras milionárias’ de magistrados após um juiz do Tribunal de Justiça de Rondônia afirmar que, funcionários recém-chegados à Corte ‘não só chegam para somar em produção, chegam para pesar em gastos’.

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A declaração do secretário-geral do TJ de Rondônia Ronaldo Forti Silva foi dada em cerimônia realizada na última sexta, 26. A fala gerou reação da Federação Nacional dos Trabalhadores do Judiciário nos Estados, que representa 170 mil servidores.

Na avaliação da entidade, a afirmação de Forti Silva é ‘segregacionista e discriminatória, como se a categoria fosse um peso’. “O juiz (Forti Silva), porém, deixa de mencionar que os servidores não são os responsáveis por consumir a maior parte do orçamento do tribunal. Há registros públicos de pagamentos a magistrados que chamam a atenção pelas cifras milionárias”, reage a Federação.

A declaração questionada ocorreu quando Forti Silva abordava o ‘selo diamante’ conferido ao Tribunal de Justiça de Rondônia. Segundo o magistrado, a Corte é considerada pelo Conselho Nacional de Justiça o ‘melhor Judiciário do Brasil’, o que implicaria aos servidores recém-chegados ‘honra e responbilidade’.

Segundo o juiz, o ‘selo diamante’ é ‘terrivelmente penoso para manter’. “Vocês estão somando esse time para ajudar a carregar esse fardo. Esse fardo que parece ser bom, e é, mas é pesado”, afirmou.

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“E quando vocês entram na instituição vocês pesam negativamente no número de gasto, em relação a número de processos. Então, não é que vocês só chegam para somar em produção, vocês chegam para pesarem gasto. E isso perde ponto. Efetivamente esses pontos perdidos devem ser comprovados em produtividade, se não a gente não consegue uma correlação de causa e efeito. A responsabilidade é muito grande”, seguiu.

A Fenajud classificou o pronunciamento do secretário-geral do TJ de Rondônia como ‘absurda e infundada’. Na avaliação da entidade, a declaração sugere ‘a categoria como vilões’.

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