A Polícia Federal e o Ministério Público do Rio abriram na manhã desta segunda, 18, a Operação Batismo para investigar suposta atuação e articulação política da deputada estadual Lúcia Helena Pinto de Barros, a Lucinha (PSD), em benefício de uma milícia que atua na zona Oeste da capital fluminense. A parlamentar foi afastada no cargo por ordem do Tribunal de Justiça do Rio.
De acordo com a Polícia Federal, o nome da ofensiva está ligado ao apelido ‘madrinha’, usado por lideranças da milícia para se referir à parlamentar investigada.
Agentes foram às ruas para cumprir oito mandados de busca e apreensão nos bairros de Campo de Grande, Santa Cruz e Inhoaíba, na Zona Oeste do Rio. O gabinete da parlamentar na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro também é vasculhado.
Além do afastamento da parlamentar, o Tribunal de Justiça Estadual proibiu Lucinha de manter contato com investigados e de frequentar a Casa Legislativa.
A investigação da Operação Batismo mira também uma assessora de Lucinha. A PF aponta a participação ativa de ambas na milícia, ‘especialmente na articulação política junto aos órgãos públicos visando atender os interesses do grupo, investigado por organização criminosa, tráfico de armas de fogo e munições, homicídios, além de extorsão e corrupção’.
A ofensiva aberta nesta manhã é um desdobramento da Operação Dinastia, aberta em agosto de 2022.
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.