A Polícia Federal e o Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional do Ministério da Justiça obtiveram o bloqueio de criptoativos avaliados em quase R$ 130 milhões (US$ 24 milhões) que estavam em uma empresa provedora de serviços de ativos virtuais sediada nos Estados Unidos.
Os ativos serão preservados pelas autoridades americanas enquanto os procedimentos judiciais necessários ao seu confisco seguirem seu curso no Brasil, informou a PF.
A medida é um desdobramento da Operação Egypto, que investiga uma instituição financeira sediada em Novo Hamburgo, no Rio Grande do Sul, por captação de recursos para investimento em criptomoedas sem autorização do Banco Central.
As investigações apontam que a companhia sob suspeita prometia aos clientes retorno de 15% no primeiro mês de aplicação, estaria captando recursos de terceiros sem a autorização dos órgãos competentes. O dinheiro dos clientes era investido no mercado de criptoativos.
A operação foi inicialmente deflagrada em maio de 2019, quando a PF e a Receita Federal cumpriram dez mandados de prisão preventiva e 25 de busca e apreensão nos Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo. Na ocasião, a força-tarefa apreendeu apreendeu R$ 469 mil e US$ 31 mil em dinheiro vivo.
Segundo o Fisco informou à época, uma das contas da empresa teria recebido créditos de mais de R$ 700 milhões entre agosto de 2018 e fevereiro de 2019. O órgão indicou que os sócios da instituição financeira apresentaram uma grande evolução patrimonial - há casos em que o total de bens passou, de menos de R$ 100 mil, para dezenas de milhões de reais em um ano.
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