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PF faz operação contra venda de informações sigilosas de investigações no STJ

Ofensiva autorizada pelo Supremo Tribunal Federal é desdobramento da Operação Sisamnes; uma pessoa foi presa; procurado, Superior Tribunal de Justiça ainda não se manifestou; procurador de Justiça do Tocantins e seu assessor são alvo da investigação

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Foto do author Rayssa Motta
Foto do author Fausto Macedo
Atualização:

A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira, 18, uma nova fase da Operação Sisamnes, que investiga a venda de sentenças no Superior Tribunal de Justiça (STJ). Procurado, STJ ainda não se manifestou.

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O advogado Thiago Marcos Barbosa de Carvalho, assessor do procurador de Justiça Ricardo Vicente da Silva, do Ministério Público do Tocantins, e o próprio procurador são alvo da operação. O advogado foi preso preventivamente. O Estadão busca contato com as defesas.

Em nota, o Ministério Público do Tocantins informou que, até o momento, não teve acesso à decisão que autorizou a operação e, por isso, não vai se manifestar.

Segundo as investigações, foi identificada uma rede clandestina de monitoramento, comércio e repasse de informações sigilosas sobre o andamento de investigações sensíveis supervisionadas pelo Superior Tribunal de Justiça, frustrando, assim, a efetividade de operações policiais.

Com base em informações e provas colhidas na primeira etapa da operação, deflagrada em novembro de 2024, os policiais federais investigam crimes de obstrução de justiça, violação do sigilo funcional e corrupção ativa e passiva.

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Fachada do Superior Tribunal de Justiça. Foto: Rafa Neddermeyer/Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

A operação foi autorizada pelo ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF). Os policiais federais também fizeram buscas em quatro endereços ligados aos investigados no Tocantins.

Na primeira fase da Operação Sisamnes, a PF prendeu o empresário Andreson Gonçalves, o “lobista dos tribunais”, e fez buscas em endereços de auxiliares de ministros do STJ. Os servidores foram afastados e também são investigados administrativamente. Segundo o Superior Tribunal de Justiça, nenhum ministro tinha conhecimento das irregularidades.

O suposto esquema de venda de decisões judiciais envolveria advogados, lobistas, empresários, assessores, chefes de gabinete e magistrados de Tribunais de Justiça estaduais.

COM A PALAVRA, O MINISTÉRIO PÚBLICO DO TOCANTINS

O Ministério Público do Tocantins informa que, até o momento, não teve acesso à decisão do Ministro do Supremo Tribunal Federal, Cristiano Zanin, que determinou a operação realizada pela Polícia Federal na manhã desta terça-feira (18) em desfavor de um procurador de Justiça e de um assessor. Diante disso, a instituição não irá se manifestar neste momento.

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