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PF acessa dados de celular apreendido com autor de atentado a bomba no STF

Investigadores fazem perícia no telefone de Francisco Wanderley Luiz para identificar se ele agiu sozinho e se compartilhou plano de ataque com outras pessoas; Polícia Federal também vai pedir quebra de sigilo bancário, fiscal e telemático

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Foto do author Rayssa Motta
Atualização:
Francisco Wanderley Luiz, também conhecido como Tiü França, autor das explosões em Brasília Foto: Reprodução/Facebook/Tiü França

A Polícia Federal (PF) acessou dados do aparelho celular de Francisco Wanderley Luiz, autor do atentado próximo ao Supremo Tribunal Federal (STF), para tentar identificar quem eram seus interlocutores e se eles estavam cientes do ataque. A perícia está em andamento.

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Um dos objetivos é verificar se ele mantinha relações políticas, tanto em Brasília quanto em Santa Catarina, seu Estado natal. Francisco era filiado ao Partido Liberal (PL) e chegou a se lançar candidato a vereador nas eleições de 2020, mas não se elegeu. Os peritos vão pedir autorização para a quebra do sigilo telemático e, com isso, analisar os históricos de buscas e mensagens e dados armazenados na nuvem atrás de provas.

A extração das informações é feita por meio de um software de última geração. O celular estava bloqueado com senha. Outros bens apreendidos, incluindo um trailer carregado com explosivos, também estão sendo periciados.

A quebra dos sigilos bancário e fiscal também será requisitada ao STF.

O prédio do Supremo Tribunal Federal, cercado por grades por medida de segurança. Foto: WILTON JUNIOR/Estadão

O relator da investigação é o ministro Alexandre de Moraes, que, segundo a ex-mulher de Francisco, era seu principal alvo. Em depoimento, ela afirmou que o ex-marido “tinha a ideia de eliminar os ministros do STF”. Disse também que acredita “sinceramente” que ele tenha agido sozinho.

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Imagens obtidas pela Polícia Civil do Distrito Federal mostram que Francisco comprou fogos artifícios em uma loja regular na semana anterior ao atentado. Informações preliminares apontam que modificou o material, de maneira caseira, para potencializar o efeito explosivo.

Uma armadilha com bomba foi deixada na casa que Francisco alugava. Os explosivos foram acessados por um robô antibombas e ninguém se feriu.

As varreduras necessárias na região da Praça dos Três Poderes já foram concluídas pela Polícia Militar do Distrito Federal.

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