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PF também conclui que é falsa assinatura de médico em laudo publicado por Marçal

Peritos da Polícia Federal analisaram documento divulgado a 48 horas do primeiro turno e apontaram indícios de fraude

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Foto do author Rayssa Motta
Atualização:

Depois da Polícia Civil de São Paulo, a Polícia Federal também concluiu que o laudo médico divulgado por Pablo Marçal (PRTB), de uma suposta internação de Guilherme Boulos (PSOL) por uso de cocaína, é falso.

Os peritos da PF identificaram divergências na assinatura do médico José Roberto de Souza, já falecido. Foi feito um exame grafoscópico no documento.

“As evidências suportam fortemente a hipótese de que os manuscritos questionados não foram produzidos pela mesma pessoa que forneceu os padrões”, diz o relatório da perícia.

Pablo Marçal pode ser condenado por fraude em documento. Foto: Taba Benedicto/ Estadão

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O exame grafoscópico permite verificar a autenticidade de textos manuscritos a partir da análise de padrões de escrita, como qualidade do traçado, forma, velocidade e ritmo.

A perícia foi possível a partir da comparação do laudo com outras assinaturas legítimas do médico encontradas em arquivos oficiais, como fichas de identificação civil.

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A Polícia Federal concluiu que há inconsistências “tanto nas formas gráficas, quanto em suas gêneses, não havendo evidências de que tais grafismos tenham sido escritos por uma mesma pessoa”.

“Mesmo no aspecto geral da escrita com significativa divergência de forma, nota-se que em elementos mais refinados, como a construção dos alógrafos, também apresentaram divergências importantes. Outros aspectos da morfologia, como inclinação, andamento gráfico, valores angulares e curvilíneos da escrita, também resultaram divergentes”, concluíram os peritos.

Além das incoerências na assinatura, apontadas pela Polícia Federal e pela Polícia Civil de São Paulo, o número da carteira de identidade (RG) de Boulos tem um dígito a mais.

No domingo, 6, ao ser questionado sobre o episódio, o desembargador Silmar Fernandes, presidente do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP), garantiu que, se a fraude ficar comprovada, Pablo Marçal vai responder judicialmente. Se for condenado, ele pode ter os direitos políticos suspensos, o que lhe deixaria inelegível.

Pablo Marçal atribuiu a publicação do documento ao seu advogado, Tássio Renam. “Vocês podem falar com o Tássio Renam. Ele que postou, na hora da postagem eu estava no (podcast) Inteligência Limitada. Ele mesmo postou. E a gente tá 100% em paz”, afirmou a jornalistas após votar no domingo.

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