Foto do(a) blog

Notícias e artigos do mundo do Direito: a rotina da Polícia, Ministério Público e Tribunais

PF prende Nuno Cobra por assédio sexual

Preparador físico teria atacado mulher, que o denunciou ao Ministério Público Federal

PUBLICIDADE

Foto do author Fausto Macedo
Foto do author Julia Affonso
Atualização:

Nuno Cobra. Foto: Evelson Freitas/AE

A Polícia Federal prendeu nesta segunda-feira, 11, o preparador físico Nuno Cobra. A suspeita é de assédio sexual.

PUBLICIDADE

A ordem de prisão é da juíza Raecler Baldresca, da 3.ª Vara Federal Criminal de São Paulo, e foi tomada em uma sentença que condenou Nuno Cobra por violação sexual em 6 de setembro.

Segundo o relato da vítima e de testemunhas, o preparador físico sentou-se ao lado de uma mulher, no avião, e começou a conversar com ela, dizendo que trabalhava com o corpo e manipulação de energias. Durante a decolagem, tocou os seios e pernas da mulher "várias vezes".

A juíza condenou Nuno Cobra a três anos e nove meses de prisão em regime inicial aberto e substituiu a pena para prestação de serviços à comunidade e à prestação pecuniária - pagamento mensal de um salário mínimo a entidade pública ou privada.

Publicidade

Ousadia de Nuno Cobra 'não tem limites', diz juíza

Procuradoria pede condenação de homem por violação sexual no avião

Nuno Cobra ganhou destaque pelo trabalho realizado como preparador do piloto Ayrton Senna. O tricampeão mundial se notabilizou por ser um dos primeiros competidores do automobilismo a investir no cuidado físico, com uma rotina intensa de exercícios e corridas, além da preparação mental. A convivência fez os dois se tornarem amigos e motivou, inclusive, a Cobra a escrever o livro "A Semente da Vitória".

OUTRAS DO BLOG: Delatores vão primeiro ao IML, depois para o xadrez da PF em Brasília

Compadre de Lula pede a Moro adiamento de interrogatório pela segunda vez

Publicidade

Com terço nas mãos, Joesley deixa PF em São Paulo rumo a Brasília

PF vasculha casa de Joesley

'Bocca' da PF liga delação da JBS a mentiras

Conexão Venezuela da PF descobre R$ 200 mi em remessa para paraísos fiscais

O pedido de prisão de Nuno Cobra foi feito pelo Ministério Público Federal em 5 de setembro, 'sob fundamento da garantia da ordem pública'. A Procuradoria da República, em São Paulo, relatou à juíza que 'mesmo após ser processado e logo depois de ser interrogado em audiência', em 14 de junho deste ano, Nuno Cobra 'teria continuado a praticar os mesmos atos pelos quais foi acusado e condenado'.

Publicidade

Segundo Raecler Baldresca, o comportamento do preparador físico 'se revelou extremamente inadequado em relação ao juízo' durante a audiência.

"Não tendo sido adotadas providências naquele momento em face do encerramento da instrução processual e porque se concluiu erroneamente que se tratou de um incidente isolado, provocado pela tensão do momento. Entretanto, após a notícia de novo crime praticado dias após aquela audiência, entendo que a ousadia do réu não tem limites, o que exige sua retirada do convívio em sociedade até que os fatos narrados sejam apurados", anotou a juíza.

Para Raecler Baldresca, 'a segregação cautelar do acusado (Nuno Cobra) é medida de urgência'.

"Presentes os requisitos da segregação cautelar necessária para a garantia da ordem pública, entendo que o acusado não poderá recorrer em liberdade, razão pela qual defiro o pedido do Ministério Público Federal e decreto a prisão preventiva de Nuno Cobra", ordenou a juíza. "Expeça-se o respectivo mandado de prisão."

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.